Vídeo: "Se chamar algum deputado trans de ele, é um processo criminal", diz Nikolas Ferreira em comissão com Ministra da Mulher
Tema é discutido nesta quarta-feira (5)
Foto: Pablo Valadares / Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
O deputado Nikolas Ferreira (PL- MG) afirmou, nesta quarta-feira (5), que a esquerda é negacionista quando se trata sobre a definição e representação das mulheres e que a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, tem medo do cancelamento. O tema foi discutido pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; e do Trabalho com a presença da ministra que apresenta programas e projetos da pasta.
No discurso, Nikolas Ferreira afirmou que as pessoas são pressionadas com o uso correto da terminologia com medo de serem processadas. “É impressionante como que as definições das pessoas realmente geram receio hoje em dia. Porque, pelo que eu me recordo aqui... Os deputados aqui nessa casa, por exemplo, se chamar algum deputado trans ou algo do tipo de ele, é um processo criminal. Mas na hora que eu falo isso de o que é uma imposição, não. Não é uma imposição. É tudo fantasia da direita que acredita nessas coisas. Não tem nada que ver isso. Agora, quando nós falamos sobre os fatos reais, eu vejo que vocês, de fato, a respeito deste tema, são os verdadeiros negacionistas”, disse.
Ainda durante o discurso, o deputado usa como exemplo a impossibilidade da mulher trans de engravidar para dizer que o tema e ignorado pela esquerda. No vídeo do Farol da Bahia, é possível ver que o exemplo causa alvoroço e tom de ironia.
“E daí que o vermelho não é mais vermelho? E daí que o verde não é verde mais? E daí que o bem não é bem mais? E daí que o mal não é mal mais? E daí que o homem não é homem mais? Qual o problema disso tudo? Qual o problema disso, né? [...] Daqui a pouco, vai ter pessoas falando que ‘eu sou mulher trans e estou grávida’. Eu sou mulher trans e menstruo ‘, oras, não menstruam, não engravidam. Ponto”, apontou o deputado.
A ministra foi também alvo de críticas do deputado. “Porque vocês ignoram a realidade, e que na realidade isso é importante dizer, vocês não têm condição de dizer o que é uma mulher sabe porque ministra? Porque caso contrário, você sim, irá sofrer um cancelamento, se você definir o que é mulher hoje, e se você não definir, você estará basicamente dizendo que a ministra da mulher do Brasil não consegue, ou não pode ou não quer definir o que é mulher, e eu suponho que seja por medo de cancelamento de uma militância gigantesca que virá em cima de você. Então é bem simples o jogo”.
Assista a declaração:
