Vídeo: "Temos que botar o velho da Havan para pagar Imposto de Renda", afirma Jorge Solla sobre taxar super-ricos
Comissão especial da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (16), o projeto de lei que aumenta a faixa de isenção do IR para R$ 5 mil
Foto: Farol da Bahia
O Projeto de Lei que isenta de Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês (PL 1087/25) foi aprovado, nesta quarta-feira (16), pela comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para analisar a proposta. Além disso, o relatório do deputado Arthur Lira (PP-AL) também elevou de R$ 7 mil para R$ 7.350 a renda máxima que receberá redução parcial na tarifa.
Ao Farol da Bahia, o deputado federal Jorge Solla (PT-BA) afirmou que mais de 90% da população brasileira deve ser beneficiada com a proposta. "Mais de 90% da população vai ser beneficiada diretamente porque ganha até R$ 7.350 e, indiretamente, toda a população é beneficiada porque esse recurso que vai aumentar o salário líquido, ao ter isenção de imposto de renda até R$ 5.000 e diminuir o imposto de renda entre R$ 5.000 e R$ 7.350, vai ter um salário líquido um pouco maior e esse valor a mais, com certeza, será imediatamente retornado à economia sob forma de alimento, de serviços. As pessoas vão adquirir bens e isso vai gerar mais emprego. Então, eu diria a você que é um projeto que alcança toda a população", disse.
O parlamentar também pontuou que o projeto sofre resistência de parte da população que detém a mais de 20% da renda brasileira. "Se você é um professor, se você é um profissional que ganha hoje um salário de R$ 5.000, R$ 6.000, você paga 27,5% de alíquota. Essa turma que ganha R$ 100.000, R$ 200.000 por mês, que não ganha como salário, ganha como lucros e dividendos, são isentos, então não é justo. Nós precisamos isentar quem ganha menos de pagar imposto de renda e cobrar um pouquinho da turma lá de cima", declarou.
Solla reforçou que a proposta aprovada pela comissão prevê que essa parcela dos brasileiros pague até 10% do recebido, cobrada de maneira gradativa de quem recebe entre R$ 50 mil e R$ 100 mil mensalmente.
Questionado sobre se o projeto tem força para ser aprovado, o deputado afirmou que a força "vem do povo". "A população brasileira, mais de 65%, 70% das pesquisas, estão dizendo que querem que tenha isenção do imposto de renda para quem ganha menos e querem que o rico pague imposto de renda".
"Gente, nós temos que botar o velho da Havan para pagar Imposto de Renda. Nós temos que botar os bilionários desse país para pagar Imposto de Renda. Não é possível que continue assim", declarou.
O parlamentar ainda pontuou que os únicos votos contrários à proposta foram de deputados do Partido Liberal (PL) e do Partido Novo. "Os demais partidos votaram conosco, votaram com o presidente Lula, e foi uma grande vitória. Nós ganhamos na comissão, por 30 votantes, nós ganhamos com 25 votos a favor de taxar os super-ricos e apenas cinco contrários, que foram os deputados do PL e do Novo", revelou.
Agora, o texto segue para plenário na Câmara dos Deputados. Segundo Solla, após o retorno do recesso de duas semanas da Casa, marcado para o início de agosto, a base irá se mobilizar para pautar o projeto o mais rápido possível. A expectativa é que ele seja aprovado e siga para o Senado.
"Para que, em 2026, a população brasileira que ganha até R$ 5 mil não pague imposto de renda e aqueles que ganham mais de R$ 50 mil venham a contribuir também com os seus impostos", finalizou.
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