Vídeo: Testemunha afirma que Bope provocou o PM Wesley ao invés de acalmá-lo

Uma testemunha, moradora do Farol da Barra, local em que foi palco do conflito registrado na tarde e noite de domingo (29), onde o policial militar Wesley Soares Góes, lotado na 72ª Companhia da Polícia Militar (CIPM) de Itacaré, no sul da Bahia, morreu após atirar contra policiais, afirmou que o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) tinha provocado o PM ao invés de acalmá-lo. Em um vídeo, ele relata ainda que em um momento, os policiais queriam soltar cachorros em Soares. 

"Já se passaram mais de quatro horas e eu não vi ninguém da polícia tentando negociar para ele [Wesley] se render. Simplesmente tem quatro policiais do Bope, que vieram para fazer a negociação, e eu acredito que seja o comandante dele, mas em hora nenhuma eu vi ele tentando acalmar o policial", conta. 

O homem que detalha algumas cenas por meio da gravação ainda pontua que a Bope estava atuando de uma forma que deixava o policial Soares, que estava em um surto psicótico, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), mais agitado e nervoso. "Eles [policiais do Bope] trouxeram cachorros, e por intervenção dos moradores, que começaram a gritar das janelas, eles não soltaram os cães em cima do policial, ele iria reagir e o cachorro seria morto", diz. 

"Eu não sei se isso é um surto porque me parece muito mais uma reivindicação. Ele não quer prender trabalhadores armado, ele disse que isso é uma ordem ilegal e que ele não vai cumprir. E ele está cobrando dos outros colegas para se juntarem a ele pelo juramento que eles fizeram na Polícia Militar de proteger a comunidade", relata. 

Confira mais no vídeo abaixo: