Vídeo: Trump lança empresa de mídia em parceria com investidora de deputado brasileiro
Ex-presidente americano busca reposicionar imagem após suspensão em outras redes sociais
Foto: Reprodução / Agência Brasil
Com planos de retornar à política, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de quarta-feira (20), um acordo para lançar uma companhia midiática e sua própria rede social, a Truth Social (Verdade Social, em português). O republicano tenta se reinserir na esfera virtual, da qual está praticamente ausente desde que foi suspenso do Twitter e do Facebook após incitar a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro.
Em um comunicado, o ex-presidente disse ter reunido investidores suficientes para lançar o Trump Media & Technology Group (Grupo Trump de Mídia e Tecnologia, em português), como o empreendimento será chamado. A parceira do presidente na empreitada, a empresa Digital World Acquisition, tem como diretor financeiro o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), também aliado do presidente Jair Bolsonaro.
O objetivo, segundo a nota de Trump, é “criar um rival para o consórcio da imprensa da esquerda e lutar contra as companhias Big Tech do Vale do Silício, que usa seu poder unilateral para silenciar vozes opositoras nos Estados Unidos”. O acordo das empresas ainda precisa ser aprovado pelas autoridades regulatórias.
Trump, desde que deixou a Casa Branca, em janeiro deste ano, após uma fracassada cruzada para tentar reverter o voto popular que submeteu como instituições americanas a um teste de estresse, ele mantém uma presença ativa na mídia conservadora.
No entanto, necessariamente das redes sociais que o catapultaram à Presidência em 2016, servindo como seu megafone e permitindo-lhe dominar o ciclo de notícias, ele vem tendo dificuldades para conseguir uma audiência mais ampla. No início do mês, o ex-presidente, que já indicou em mais de uma ocasião ter planos de voltar à Casa Branca em 2024, abriu um processo para que o Twitter reative seu perfil.
Os detalhes do anúncio de quarta-feira, contudo, foram vagos: apontavam para um novo aplicativo em pré-venda para aparelhos da Apple, ilustrações que remetem claramente ao Twitter e valores cuja veracidade não pôde ser confirmada.