VÍDEO: Zucco chama julgamento da trama golpista de "teatro" e diz que vai trabalhar para pautar anistia na Câmara
A Primeira Turma do STF formou maioria, nesta terça-feira (11), para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus pelo crime de organização criminosa
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputado
BRASÍLIA - O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL), comentou, nesta quinta-feira (11), o julgamento da trama golpista que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar chamou o julgamento de "teatro" e afirmou que trabalhará na pauta da anistia que circula na Casa.
Zucco iniciou sua declaração afirmando que o tempo concedido à defesa para análise das provas do processo foi "surpreendente". "A legítima defesa, a ampla defesa, serve para países como China, Rússia, Irã, Cuba, Venezuela. Não para o Brasil. Falar que 70 terabytes pode ser analisado no período de tempo que foi dado aos advogados de defesa é, no mínimo, algo que nos surpreende, para não falar nada mais forte", pontuou.
A Primeira Turma do STF já formou maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os demais réus pelo crime de organização criminosa.
Em seguida, o deputado afirmou que irá dialogar com os líderes dos partidos que compõem a oposição para pautar a anistia. Ele chega a citar a "Débora do Batom", condenada a 14 anos de prisão por participação no 8 de janeiro e por pichar a frase "Perdeu, mané" na estátua A Justiça, em frente à sede do STF.
"Mas eu quero dizer para vocês que isso só nos fortalece. Estamos trabalhando a pauta da anistia com muita tranquilidade, mas com muita firmeza, em diálogo presente com os líderes dos demais partidos, porque nós não admitimos, após assistir esse teatro, que pessoas que cometeram crime, assalto a banco, sequestro de embaixadores, homicídios, guerrilheiros, estejam anistiados e a Débora do Batom esteja presa em regime fechado. Uma mãe de família, uma avó de família, um senhor de idade, diferente do que eles falam", disse.
Zucco finaliza afirmando que, se Bolsonaro fosse realmente o líder da trama golpista, mais de um milhão de pessoas estariam nos atos do 8 de janeiro.
"Se o presidente Bolsonaro fosse líder ou atuasse como líder, não colocaria duas mil pessoas em Brasília no domingo, colocaria um milhão de pessoas. Ele simplesmente nem estava no Brasil por ocasião do 8 de janeiro. Então, fica registrado que a oposição vai trabalhar, vai lutar por uma anistia ampla, geral e irrestrita", concluiu o deputado.
Confira o vídeo:
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