Vigilantes deflagram greve por tempo indeterminado na Bahia
Estabelecimentos podem ter funcionamento afetado
Foto: Reprodução / G1
Foi deflagrada nesta terça-feira (10) a greve dos vigilantes no estado da Bahia. Por conta da paralisação, oito museus administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) foram fechados por tempo indeterminado. Os museus que ficarão sem funcionar são: Museu de Arte Moderna da Bahia; Museu de Arte da Bahia; Palacete das Artes; Centro Cultural Solar Ferrão; Museu Tempostal; Museu Udo Knoff; Parque Histórico Castro Alves e Museu Recolhimento dos Humildes.
O anúncio da greve foi feito no Instagram do Museu de Arte da Bahia, administrado pelo Ipac. A publicação também explica que as atividades serão retomadas após o encerramento da paralisação. As exigências dos vigilantes são um aumento de 13% nos salários (sendo 8% correção da inflação de 2018 e 2019 e 5% de ganho real), além do do ticket alimentação subir de R$ 13 por dia para R$ 23. Os patrões oferecem um aumento de 1,5% no salário.
Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vilância do Estado da Bahia (Sindvigilantes), José Boaventura, entre 2019 e 2020 foram realizadas, sem sucesso, 14 rodadas de negociação com os patrões - representados pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp). Ainda segundo Boaventura, a categoria não recebe reajuste no salário há dois anos. Após o início da greve, o Sindesp chamou o Sindvigilantes para negociação, mas não há nenhum encontro marcado.
Os vigilantes se reuniram na manhã desta terça, em frente a sede do sindicato, em Nazaré. Um ato deve acontecer ao longo do dia e no fim da tarde será realizada uma assembleia para avaliar as primeiras horas da paralisação. Com a greve, além dos museus, bancos, órgãos públicos, previdência social, escolas, hospitais, faculdades, comércio, shoppings podem ter seu funcionamento afetados.