Visibilidade à luta das mulheres
Confira o editorial deste domingo (25)
Foto: Arquivo/Agência Brasil
O dia de hoje, 25 de Julho, relembra o marco internacional de luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero.
No Brasil, a data também é celebrada pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi um líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século 18, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança.
Racismo e sexismo são formas de preconceito que ficam ainda mais complexas a partir de sua interação com outros preconceitos como a xenofobia, LGBTfobia, o preconceito geracional e de classe social. O preconceito e a discriminação violentam o exercício de direitos das pessoas, cotidianamente.
De acordo com o Atlas da Violência de 2019, 66% de todas as mulheres assassinadas no país naquele ano eram negras. Além disso, 63% das casas chefiadas por mulheres negras estão abaixo da linha da pobreza, de acordo com a última Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE.
A data é relevante para celebrar a resistência das mulheres negras e fortalecer a emancipação e autonomia diante das lutas cotidianas contra a opressão de gênero e étnico-racial.
A valorização da identidade negra e da cultura afro-brasileira são fundamentais para dar visibilidade e respeito às mulheres negras, além de considerar os elementos da interseccionalidade como raça, classe e gênero.