Vitória da Conquista: Lúcio Vieira Lima diz que inelegibilidade de Sheila pode facilitar vitória de Lúcia
Presidente de honra do MDB acredita que votos da prefeita devem migrar para a emedebista
Foto: Farol da Bahia
O presidente de honra do MDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima, afirmou nesta quinta-feira (19), em entrevista ao Farol da Bahia, que a candidatura de Lúcia Rocha (MDB) à prefeitura de Vitória da Conquista foi beneficiada pela decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que formou maioria para declarar a atual prefeita e candidata à reeleição, Sheila Lemos (União Brasil), inelegível.
Embora o julgamento ainda não tenha sido concluído, conforme destacado por Sheila em pronunciamento à imprensa, Lúcio acredita que a decisão cria insegurança entre os eleitores da prefeita. Para ele, a vitória de Lúcia no primeiro turno se torna uma possibilidade mais real.
“Essa decisão facilitou muito a campanha de Lúcia. Por mais que a atual prefeita insista em levar a disputa até o fim, sabemos como esse filme termina. O eleitor leva a sério a questão de não perder o voto. Em certo momento da campanha, surge o voto útil, ou seja, as pessoas querem votar em quem tem condição de ganhar”, explicou o emedebista.
“Sempre afirmei que o maior desafio de Lúcia era chegar ao segundo turno. Depois disso, contra qualquer adversário, ela ganha”, completou.
Lúcio também acredita que outro fator que favorece a candidatura de Lúcia é a possível migração dos votos de Sheila e do candidato do PT, Waldenor Pereira, para ela.
“As pesquisas indicam que o segundo voto dos eleitores de Sheila é Lúcia e o segundo voto dos eleitores de Waldenor também é Lúcia. Isso dá uma certa tranquilidade de que agora ela pode ganhar no primeiro turno”, reforçou.
Postura de ACM Neto e conselho para Sheila
Ao comentar a postura do vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, que mantém apoio à reeleição de Sheila, Lúcio afirmou que essa atitude é esperada, já que é difícil admitir a legitimidade da decisão do TRE.
Segundo ele, a melhor estratégia para Sheila no momento é insistir até o fim e, assim, perder as eleições com o discurso de injustiçada.
“Isso é uma prática comum, porque é difícil admitir que a decisão da Justiça foi justa. Ele não vai dizer isso. Na maioria das vezes, tem aquela prática de manter a candidatura até o último momento e, perto da eleição, coloca o marido ou o filho no lugar”, afirmou Lúcio.
“Essa prática é comum nessas situações. No entanto, no caso dela, não acredito que vá trocar o nome porque sabe que isso não daria certo. A derrota seria certa de qualquer forma. É melhor perder se dizendo injustiçada e perseguida. [...] Fazer atos de desagravo não adianta nada, porque os desembargadores não vão mudar a decisão”, concluiu.