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Volta às aulas: pais e responsáveis acreditam que estudantes precisam de reforço escolar

Datafolha aponta que aprendizagem foi comprometida durante a pandemia

Por Da Redação
Ás

Volta às aulas: pais e responsáveis acreditam que estudantes precisam de reforço escolar

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Dados da pesquisa "Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias", realizada pelo Datafolha, mostram que pais e responsáveis acreditam que estudantes precisam de reforço escolar para recuperar a aprendizagem. Para 28% dos responsáveis, a prioridade das escolas nos próximos dois anos deve ser justamente a promoção de programas de reforço e recuperação.  

A pesquisa foi realizada após um pedido do Itaú Social, da Fundação Lemann e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para chegar ao resultado, foram feitas perguntas por telefone a 1.306 pais e responsáveis de 1.850 estudantes, em dezembro de 2021. Para eles, os estudantes devem receber apoio em matemática (71%), língua portuguesa (70%), ciências (62%) e história (60%). Consideradas apenas crianças em fase de alfabetização, esse percentual sobe: 76% precisarão de mais atenção das escolas na retomada das aulas presenciais.

"Foi difícil o fechamento das escolas para todas as etapas de ensino, mas especialmente difícil para as crianças menores, especialmente na fase da alfabetização", diz a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, Patrícia Mota Guedes. "Isso colocou um peso nas famílias, de uma expertise que não é delas. Alfabetizar é uma das tarefas mais difíceis", completou. 

A pesquisa mostra, ainda, que 88% dos estudantes da rede pública de ensino tiveram as escolas reabertas em 2021. Segundo os pais e responsáveis, 83% dos estudantes que retornaram às atividades presenciais estão evoluindo no aprendizado. De acordo com as famílias, os alunos que voltaram às atividades presenciais estão mais animados (86%), mais otimistas com o futuro (80%), mais independentes para realizar as tarefas (84%) e mais interessados nos estudos (77%) do que aqueles que continuaram no ensino remoto, respectivamente 74%, 72%, 72% e 60%.

Desigualdades 

Os dados mostram que, em dezembro de 2021, mais de 800 mil estudantes continuavam sem receber nenhum tipo de atividade escolar, mesmo estando matriculados. Um em cada quatro estudantes encerrou o ano sem nenhuma atividade presencial. Entre os estudantes de escolas de baixo nível socioeconômico, esse índice chegou a 34%. 


 

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