Volta do Horário de Verão é descartada pelo ministro de Minas e Energia
Mudança não traria grande impacto na economia de energia, disse Bento Albuquerque
Foto: Reprodução/ Agencia Brasil
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou a volta do horário de verão mesmo com a crise hídrica. Em entrevista a um veículo de imprensa nesta segunda-feira (6), ele disse que a mudança não influenciaria "tanto assim" na economia de energia.
“Do ponto de vista da economia de energia não há necessidade. Analisamos continuamente a operação do sistema para avaliar se alguma medida poderá melhorar sua governança, o que inclui o horário de verão. Não há parecer ainda sobre essa possibilidade”.
Mais cedo, Albuquerque afirmou que a crise hídrica não acabará em 2021. O nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste do país é o mais baixo para esta época do ano desde o início dos registros públicos do Operador Nacional do Setor (ONS), em 2000. E vai diminuir ainda mais até o mês de dezembro, quando começa o período úmido que se estende até Abril. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as usinas chegaram ao fim deste ano com menos de 10% de água.
"Evidentemente nós não estamos preocupados só com 2021, mas também com 2022, 2023, 2024, porque nossos reservatórios estão em níveis baixos e ficarão ainda mais baixos até o fim do ano. As coisas não vão se resolver até dezembro, muito menos em abril de 2022. É lógico que o nosso foco agora é prover a oferta necessária para que a gente passe sem maiores problemas por essa fase até novembro, quando o período úmido começa. Mas nós temos que fazer um trabalho de médio prazo para que possamos ter as melhores condições nos anos vindouros", afirma Albuquerque.
O Ministro afirma que setembro é um mês decisivo. A partir das próximas semanas, até o fim de outubro, o governo irá avaliar o impacto das medidas recuperadas no fim de agosto.