Economia

Volume de serviços no Brasil registra terceira queda consecutiva em outubro

O setor foi impactado por perdas significativas nos segmentos de transportes e serviços prestados às famílias

Por Da Redação
Ás

Volume de serviços no Brasil registra terceira queda consecutiva em outubro

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O volume de serviços no Brasil apresentou uma queda em outubro, marcando o terceiro mês consecutivo de desempenho negativo. O setor foi impactado por perdas significativas nos segmentos de transportes e serviços prestados às famílias, contrariando as expectativas do mercado. 

De acordo com dados divulgados na última quarta-feira (13)  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços registrou um recuo de 0,6% em outubro na comparação com o mês anterior, frustrando as previsões de estabilidade apontadas em pesquisa da Reuters.

Essa queda representa um acumulado de perdas de 2,3% nos últimos três meses, eliminando o ganho observado entre maio e julho. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o volume de serviços teve uma retração de 0,4%, surpreendendo as expectativas de um aumento de 0,4%.

Os dados indicam que o setor encontra-se 10,2% acima do nível pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 3,2% abaixo de dezembro de 2022, quando atingiu o ponto mais alto da série histórica.

Os impactos nos resultados foram evidenciados principalmente pela queda de 2,0% no setor de transportes, influenciada, segundo o analista Luiz Almeida, pela expectativa menor da próxima safra agrícola e pela diminuição no dinamismo da produção industrial, afetando o transporte de cargas.

Além disso, os serviços prestados às famílias recuaram 2,1%, praticamente revertendo os ganhos de setembro, que estavam relacionados à realização de um festival de música em São Paulo.

Apesar desse cenário desafiador, algumas atividades apresentaram ganhos, como serviços profissionais, administrativos e complementares (+1,0%) e serviços de informação e comunicação (+0,3%). O índice de atividades turísticas, no entanto, teve uma retração de 1,1% em relação a setembro.

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