Voto impresso nas eleições brasileiras custaria R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos
Opção de votação é defendida por Jair Bolsonaro

Foto: Agência Brasil
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a votação impressa nas eleições brasileiras custaria cerca de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos ao longo de dez anos. Na quinta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro defendeu a opção de votação durante uma live no Facebook. Na rede social, ele sugeriu a mudança já para 2022, quando concorrerá à reeleição.
A projeção dos custos foi feita pelo TSE após o Congresso aprovar um projeto, em 2015, que previa a impressão de um comprovante físico dos votos nas urnas eletrônicas. Para isso, seria necessária a troca dos atuais equipamentos por modelos com impressoras acopladas, gerando mais custos para o processo eleitoral.
De acordo com o portal Terra, apenas para a disputa de 2018, quando a regra entraria em vigor, seriam compradas 35 mil urnas do novo modelo – de um total de 600 mil. Na época, o novo equipamento teria um custo estimado em US$ 800 (cerca de R$ 2.520), ante US$ 600 (R$ 1.890) do modelo atual. Porém, a medida foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a regra prevendo a impressão de um comprovante físico do voto, pois colocava em risco o sigilo da votação e a liberdade dos eleitores. Na ocasião, ministros do STF também apontaram os altos custos que a impressão dos votos teriam para a Justiça Eleitoral.