'Vou pro inferno, mas não ando mais com esse povo', diz Ciro sobre PT
Pedetista nega aliança com o partido em novas eleições
Foto: Gilberto Junior/Farol da Bahia
O candidato derrotado à presidência Ciro Gomes (PDT) anulou a possibilidade de aliança nas eleições presidenciais de 2022 com o Partido dos Trabalhadores (PT).
"Me tratam com maior grosseria como se a eleição passada fosse a última. Eu quero ir pro inferno, mas não ando mais com esse povo. Se eu quisesse andar com corrupto, eu mesmo iria me corromper. Já fui ministro da Fazenda, governador e prefeito, por que não sou rico? Não tenho jatinho, triplex, sitio em Atibaia... nada",afirmou.
Ainda de acordo com o pedetista, parte do povo brasileiro alimenta um sentimento de gratidão por Lula, outra parte a rejeição.
"Era a simpatia e o carisma do Lula, gratidão justa que fez pela obra boa que ele fez. Tentaram fazer um esforço para fazer de conta que a Dilma não era deles, que não foi Dilma que o Lula impôs, sem experiência, que criou a maior crise econômica da história do Brasil, mas não por ser desonesta. É uma pessoa honrada, mas desastrou o país na pior recessão de nossa história e nessa crise que está aí. A chegada não tinha por conta da rejeição, especialmente do Sul e Sudeste. Eu transitava, não tinha grande partida, tinha meus 10 ou 12%, mas tinha uma chegada grande. Basicamente o que aconteceu com Cristina Kirchner. Lula não quer saber do Brasil, é duro dizer isso", acrescentou.
Mesmo tecendo críticas ao PT, Ciro elogiou o governador da Bahia, Rui Costa e o senador Jaques Wagner.
Rui e Wagner em contra à indicação de uma candidatura do PT nas eleições de 2018.
"Tenho excelente relação com ambos. Sou admirador da cultura política da Bahia, seus quadros e dirigentes".