Wellington Dias pede um cronograma de entrega de insumos e vacinas contra a Covid-19
O ofício foi enviado ao diretor do Instituto, Butantan Dimas Tadeu Covas
Foto: Agência Brasil
O coordenador do tema das vacinas no Fórum, o governador do Piauí, Wellington Dias, enviou nesta sexta-feira (19) um ofício ao diretor do Instituto, Butantan Dimas Tadeu Covas, solicitando um cronograma de entrega de insumos e vacinas contra a Covid-19 .
"Solicito a apresentação de cronograma detalhado acerca do recebimento de insumos (IFAs) e entrega das vacinas adquiridas no exterior e produzidas pelo Instituto Butantan, contendo ainda a previsão das datas de fornecimento das respectivas doses ao Ministério da Saúde."
A principal demanda é pelo IFA, sigla para Ingrediente Farmacêutico Ativo, composto que faz com que o imunizante cumpra o papel no organismo humano. Sem capacidade tecnológica para produzir os IFAs em território nacional, o país acaba dependendo de contratos internacionais, que custam um valor alto, como o da Índia e a China, para garantir a continuidade da vacinação no país.
Além disso, o coordenador pediu a apresentação da "capacidade máxima de produção de vacinas, incluindo requisitos necessários para aumentar tanto a produção quanto a celeridade dos procedimentos junto à Anvisa, de forma a permitir mais entregas de imunizantes."
Ainda segundo o Wellington, dessa forma, seria necessário alcançar " mais de 70% da população brasileira" imunizada. "Nos últimos 30 dias foram registradas mais de 30.000 mortes, com número de óbitos superior a 1.000 por dia, tendo sido ultrapassado o marco de 240 mil mortes por Covid-19, valor correspondente a 10% do quantitativo global, ao passo que o País representa apenas 2,7% da população mundial", disse ele.
Os dados da Secretaria estadual de Saúde da Bahia mostram que ao menos 80 municípios baianos já utilizaram todo o estoque de vacinas disponibilizado pelo governo federal e tiveram que suspender a campanha de vacinação. O mesmo aconteceu no MT, a cidade de Rondonópolis no dia 16 de fevereiro.
Segundo O Globo, outras três capitais devem pausar as campanhas de imunização até o fim desta semana: Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis. Já Porto Alegre só tem doses até a próxima semana.
O impasse ocorre em meio a um momento crítico da contaminação no Brasil: a média móvel de mortes diárias está acima de mil desde 21 de janeiro.