Wolney Queiroz afirma ser 'pessoalmente a favor’ de CPMI do INSS
Líder do PT no Senado diz que sigla irá assinar o requerimento

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, revelou, nesta quinta-feira (15), ser "pessoalmente a favor" da instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o esquema de fraudes envolvendo desvios indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Para Wolney, a "sociedade merece essa resposta por parte do Parlamento". Porém, o ministro afirmou ter "medo" de que a comissão "atrapalhe" investigações que estão sendo realizadas.
"A minha preocupação é que haja uma demora maior nas investigações, a partir do momento da instalação da CPI, do CPMI. O governo não tem medo, mas a decisão cabe ao Parlamento. E também que uma eventual instalação atrase o ressarcimento, que é uma coisa que nenhum de nós gostaria que acontecesse, nem os senadores do governo, nem da oposição e nem o próprio governo", declarou Wolney, durante uma audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado.
Momentos antes da declaração, o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, também defendeu que a bancada do partido participasse da comissão. Segundo ele, a sigla vai assinar o requerimento para a criação da CPMI, protocolado na última segunda-feira (12) pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
"Acho que, na condição de líder do PT, nós vamos defender que o partido participe dessa CPI. Mas não uma CPI para avaliar e fazer disputa e palanque eleitoral, mas para investigar e apontar os responsáveis e botar na cadeia aqueles que roubaram aposentados e pensionistas do INSS. Essa é a nossa finalidade", declarou Carvalho.
O parlamentar também afirmou que o PT está disposto a participar da comissão desde que não seja "uma CPI de fazer palanque político de um lado".
"Não pode ser um objeto ou fato determinado que segrega este ou aquele governo. Tem que ter um fato determinado para que a gente possa assinar com todo o gosto e todo o desejo de fazer justiça", pontuou.