Xadrez pode ajudar no combate da demência, apontam pesquisadores de Harvard

Pesquisadores da Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos, têm estudado a associação do jogo de xadrez com o combate da demência. 

David Canning, professor da faculdade de saúde pública de Harvard, afirma que devem ser acompanhados 200 jogadores da Federação de Xadrez dos Estados Unidos para avaliar o envelhecimento do cérebro deles. A atividade deve funcionar como uma espécie de teste cognitivo para avaliar se o jogo evita, de fato, o desenvolvimento da demência. 

“As evidências de que há ajuda na atividade mental ainda são confusas, mas é possível que jogar xadrez evite o declínio cognitivo", afirmou à revista da universidade.

Um conjunto de dados deve avaliar os efeitos do envelhecimento do grupo. Além disso, o estudo reforça que a prática do xadrez desde a infância também colabora para o desenvolvimento cognitivo desde cedo. 

“Também há evidências ligando as habilidades cognitivas gerais à habilidade no xadrez, mas ninguém realmente olhou para isso ao longo do tempo. O que queremos fazer neste estudo é olhar para um grupo de jogadores de xadrez por um período maior, esperançosamente de três a cinco anos, e ver como suas habilidades cognitivas mudam, comparando-as com suas habilidades para jogar xadrez”, afirma o professor.

Além disso, Canning relata que muitos jogadores acabam desistindo de jogar ao longo dos anos, assim, os pesquisadores devem avaliar os impactos também da desistência no desenvolvimento cognitivo. 

"Eu pensei que uma vez que as pessoas estivessem jogando e fossem mais velhas, eles ficariam por muito tempo. Existem alguns, mas na verdade a taxa de desistência é alta”, completou.