Assim fica dificil

Ás

As incontinências verbais do presidente Bolsonaro têm sido, semana após semana uma enxurrada de absurdos, que até fica difícil assimilarmos que, efetivamente, ouvimos o que ele falou, de tão surreal que é. Tanto assim que quando o presidente, na tarde deste sábado, ao sair do Palácio da Alvorada, disse que suas declarações sobre 'governadores de paraíba' foram mal interpretadas, afirmando que sua intenção era se referir ao governador do Maranhão, Flávio Dino e ao da Paraíba, João Azevêdo , e não ao povo nordestino. Aí! Está vendo, pensei, o povo não é fácil já deturpou o que Bolsonaro falou. Raciocinei, não por defesa pessoal, mas porque imaginei que seria um absurdo um presidente se dirigir acerca de 30 milhões de pessoas de forma tão pejorativa. O que fiz? Preparando-me para escrever aqui para o Farol da Bahia, fui ouvir o áudio mais uma vez. Ouvi duas, três...quatro vezes. Não teve jeito, ipsis verbis do presidente: “Dos governadores de Paraíba o pior é o do Maranhão não tem que ter nada pra este cara”. Foi exatamente o que o senhor presidente falou. Nós, nordestinos, não podemos achar natural, de momento, um presidente se dirigir a todos da nossa região desta forma tão lamentável. O pior: ainda age como se a sua posição fosse a de dono do país, determinando a quem ajudar, como instituição nacional – Presidência da República, fosse sua e dos seus humores e amizades. Claro que sei que as coligações políticas e consequentemente os posicionamentos de seus grupos agem favorecendo aos alinhados e aliados. É sempre assim, mas no momento que ele próprio disse que foi eleito para governar o Brasil de todos, e assim é o seu juramento constitucional, lança mão de questões mesquinhas...triste, muito triste. Sou humanista de formação e defensor do Bem por vocação, por isto não tenho realmente ideologias político-partidárias, pois aprendi a buscar o bem, esteja ele onde estiver, sendo feito por quem for. Sempre afirmei que a Cidade da Luz não tem cor de partidos, mas que eu pessoalmente tenho amigos em todos. Dessa forma presenciar um presidente falando desta forma, uma vez que pensando no bem geral, torço para que ele seja bem sucedido, pois isto gerará benesses a quem atendemos na Cidade da Luz, em regime de necessidade, mas fica difícil...evidenciando tamanho preconceito comigo, com minha gente. Sou nordestino, sim, baiano, paraibano, maranhense, sergipano.... sou brasileiro.

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