Pronto! Chegamos ao final do ano. Ano de tumulto, brigas familiares por conta de política, ou melhor, de políticos – imagine! Muitos falam que é hora de se deixar para trás o que passou, e categóricos afirmam: passado é passado. A verdade, no entanto, não é bem assim - o desenvolvimento humano envolve o acúmulo de muitas variáveis de vidas cognitivas, afetivas, sociais, claro, biológicas também. Assim, o passado não passou, no sentido de não mais existir. Ele existe e continuará existindo, pois ele com as suas experiências, acontecimentos em todos os sentidos e direções é que nos deu a bússola para orientar os caminhos de hoje e, claro, no fez o que somos. Dessa forma, há, sim, uma interface entre o passado e o presente, em processo desencadeador da natural lei de causa e efeito. Logo, o nosso amanhã também já está conectado, estruturado em consequências de nossas ações do passado, cabendo às nossas decisões o mudar, e não deixar a vida nos levar.
Assim, buscamos uma espécie de estado de desejo, onde imaginamos que pulando ondinhas, vestindo a cor do orixá...redefiniremos nosso futuro. Em verdade, e alguns pensadores têm razão, quando falam que a vida só existe no presente, ou seja, o passado só se estabelece em seus fatos, mas nos convidando sempre a ressignificar as consequências dele e o futuro existe como projeto de vontade, dependendo dos alicerces que lançamos em nossas vidas hoje.
O futuro, por realidade factual, deve ser trabalhado de forma concreta, no presente, concebendo uma aproximação ao máximo possível do desejo com os ideais possíveis, racionais. Ou seja, projetar que vai ser milionário no ano que vem, considerando que não há perspectiva alguma no horizonte para tanto, tipo: herança, ganhar na megasena...será projeto a frustração, que poderá ao cabo do próximo ano deixar sair em desabafo que hoje pode estar existindo de 2022, – que ano horrível que tive. Em verdade, permita-me, horríveis foram as suas projeções fora de uma lógica possível espelhada em seu presente, ainda que com desafios que precisamos ter, sempre, visando ao futuro. Claro que vão ocorrer as exceções: a possibilidade de ganhar na megasena, de se inventar um produto revolucionário...mas são possibilidades, dentro das leis naturais das probabilidades se eu jogo frequentemente, se desenvolvo pesquisas em áreas diversas...caso contrário serão apenas ilusões, que gerarão desencantos e frustrações. A essa altura, caro(a) leitor(a), você poderá se revoltar questionando a esperança, a fé?! E eu replicarei: elas vêm ao encontro do que você já trabalha, redimensionando possibilidades, não criando algo do nada, salvo se trabalhado com estratégias direcionadas para algo em especial. Alguém disse: “Buscais e achareis, batei e abri-se-vos-á”. Entendeu?
Então...vamos lá: é preciso tomar atitudes, parar de protelar as coisas que precisamos fazer, na perspectiva dos seus sonhos, vontades e possibilidades, mas distendendo alcances, reformulando linhas de chegada. Agir é uma decisão que rompe a indefinição, os medos e todos os sistemas de autossabotagem estruturados em sua vida. Crer em um futuro consequente do presente é libertador, imaginá-lo apenas em desejos e sonhos é aprisionador. Pense, projete, gere estratégias e aja. Felizes conquistas para 2023.