O Brasil padece de uma falta de conscientização pública e geral de que a educação precisa ser priorizada. A educação em seu sentido mais amplo. A educação para a vida. O ser humano está vivendo mais, no entanto, o brasileiro, em especial, não está se preparando para a vida. Você poderá está se perguntando o que tem a ver uma vida mais longa com educação? Tudo. A saúde do cérebro do povo brasileiro está em risco.
O principal tipo de demência no mundo é o Alzheimer, segundo a OMS Organização Mundial da Saúde a região da América Latina e o Brasil, em especial, estão entre as piores regiões do mundo para a doença. O problema é muito sério, segundo dados estatísticos na nossa continental região uma em cada dez pessoas acima de 60 anos de idade já possui a demência e conforme se avança na idade este número também cresce. Aos 85 anos de idade um terço das pessoas tem a enfermidade, com 90 anos se estima que 50% já a possui. Isso é no momento, pois, infelizmente, a projeção para o futuro é alarmante. A frustração chega, na contra mão dessas projeções, é que nos países desenvolvidos como Noruega, Suécia e Japão o número de doentes guarda uma tendência para baixo, ou seja, tem reduzido a quantidade de pessoas com Alzheimer.
A doença de Alzheimer ainda que guarde, naturalmente, suas questões biológicas e genéticas, ela tem sido vista como um problema de estilo de vista, de cultura, logo associada diretamente à educação, ao conhecimento. Assim, muitos neurologistas já têm se manifestado na direção de que é uma doença da sociedade, evidenciando que as práticas culturais de uma região, de um país podem aumentar ou diminuir a probabilidade de crescimento da enfermidade.
Manter o cérebro ativo aprendendo coisas novas. O Brasil não guarda essa preocupação, lê-se pouco, não se estimula práticas culturais, logo se desconsidera a educação como fator de saúde. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), em sua edição de 2018, divulgada recentemente, noticia que o Brasil está entre os 20 piores em ranking internacional da educação. É feita uma análise de desempenho de alunos de 15 anos de 79 países em matemática, ciências e leitura. Serão eles os nossos idosos de amanhã.
O índice de analfabetismo intelectual e ou funcional é de cerca de 50%. O cérebro dessas pessoas guardam menos recursos para se autoproteger. Em um país cuja educação é tão desconsidera, que esperar da saúde mental dos futuros idosos desta nação?