1,3 mi de adolescentes estão em situação de trabalho infantil, afirma Fundação Abrinq

O Brasil tem ao menos 1,3 milhão de adolescentes, de 12 a 17 anos, em situação de trabalho infantil de acordo com um levantamento da Fundação Abrinq, feito a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado traz um alerta neste domingo, que é recordado o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.

Segundo a Abrinq, é considerado trabalho infantil, ocupações que estejam em desacordo com a legislação brasileira para a faixa etária. O Brasil permite que adolescentes acima dos 16 anos trabalhem, mas com restrições. Quem tem 14 e 15 anos, só pode trabalhar na condição de aprendiz.

A fundação informou ainda que, 86% dos adolescentes de 14 a 17 anos no mercado de trabalho encontram-se em situação de trabalho infantil. A porcentagem corresponde a média dos 4 trimestres de 2021. Em 2020, essa média era 84,8%.

“Outra tendência verificada no estudo, se relaciona com a elevada proporção que ocupa as piores formas do trabalho infantil (Lista TIP) entre os adolescentes que trabalham. Na média dos 4 trimestres de 2021, mais de 44,8% dos adolescentes de 14 a 17 anos de idade que estavam ocupados realizavam atividades prejudiciais à saúde, ao desenvolvimento e à moralidade”, declarou a Abrinq.

Segundo a Abrinq, o Brasil tem 4,6% de crianças e adolescentes de 5 e 17 anos trabalhando. A região Sudeste é a que tem a situação mais crítica: são 579.420 pessoas dessa faixa etária em situação de trabalho infantil.