10 pessoas são indiciados no Irã por queda de avião ucraniano que provocou 185 mortes
Aeronave levava 176 passageiros e 9 tripulantes de 7 nacionalidades de Teerã para Kiev
Foto: Reprodução/Rondônia Agora
Dez oficiais, cuja identidades não foram reveladas, acabaram sendo indiciados no Irã pela queda de um avião de passageiros ucraniano que matou 185 pessoas em janeiro de 2020, segundo anunciou o promotor militar de Teerã, Gholamabbas Torki, nesta terça-feira (6).
O anúncio ocorre após duras críticas internacionais ao relatório final da queda, que apontava erro humano, mas sem responsabilizar ninguém pelo incidente, e a negociações sobre o acordo nuclear. O Boeing 737 caiu logo após decolar do aeroporto de Teerã, capital do Irã.
A aeronave ucraniana transportava 176 passageiros e 9 tripulantes e ninguém sobreviveu. Havia pessoas de 7 nacionalidades no voo: 82 do Irã, 63 do Canadá, 11 da Ucrânia (incluindo os 9 tripulantes), 10 da Suécia, 4 do Afeganistão, 3 do Reino Unido e 3 da Alemanha.
A tragédia ocorreu poucas horas após o Irã ter disparado mísseis contra duas bases aéreas que abrigam tropas dos Estados Unidos no Iraque, em resposta à morte do general Qassem Soleimani. Após três dias de negação e em face de evidências crescentes, o Irã reconheceu que a Guarda Revolucionária havia derrubado o avião por engano, confundido com um míssil americano.