100 dias dos atos extremistas: Prejuízo é contabilizado em cerca de R$ 20,7 milhões
Das 1.390 pessoas presas, 294 seguem em cárcere sendo 208 homens e 86 mulheres.
Foto: Agencia Brasil
Os atos extremistas que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília, completam 100 dias nesta terça-feira (18) com um prejuízo material de R$ 20,7 milhões, e das 1.390 pessoas presas denunciadas: 294 seguem presas, sendo 208 homens e 86 mulheres.
Nesta terça, Alexandre de Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal, votou para que os 100 primeiros denunciados pelos atos extremistas se tornem réus. O julgamento no plenário virtual segue até a próxima segunda (24).
O STF abriu sete inquéritos sobre executores materiais, autores intelectuais, financiadores e agentes públicos que possam estar envolvidos nos atos extremistas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos investigados em inquérito que foca as investigações sobre a responsabilidade de autores intelectuais dos atos e daqueles que instigaram as invasões e depredações. Juntamente com ele entre as autoridades alvos das ações, estão o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres e o ex-comandante da PMDF Fábio Augusto Vieira. Torres é suspeito de omissão e está preso há mais de três meses em uma cela especial no Distrito Federal. Ele tem autorização para receber visita apenas da esposa e dos advogados.
Em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes decidiu que cabe à Corte julgar militares eventualmente envolvidos nos atos e também abriu investigação sobre a participação de militares da Polícia Militar do DF e das Forças Armadas.
Em março, Moraes autorizou o retorno do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ao cargo. Ibaneis estava afastado desde 9 de janeiro, por decisão do próprio Moraes, por suposta omissão nos atos extremistas.
A ministra Rosa Weber, presidente do STF e o ministro Alexandre de Moraes já fizeram duas visitas aos presos no Complexo da Papuda que foram denunciados por envolvimento nos atos.
Antes da visita aos presos, os ministros ouviram as considerações da direção, inclusive, com relação à necessidade de um maior número de agentes policiais, de forma a permitir que o complexo prisional esteja operacional em sua totalidade.