2024 deve ser o ano mais quente já registrado no mundo, aponta pesquisa
Dados também apontam que os 10 anos mais quentes da história foram registrados na última década
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O observatório europeu Copernicus divulgou dados de pesquisas do Serviço de Mudança Climática na última quinta-feira (7), que apontam que é praticamente certo que o ano de 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro em que a temperatura média global ficará mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais - período entre 1850 e 1900 marcado por preceder a era das fábricas.
Os dados também apontam que outubro de 2024 ficou 1,65°C acima do nível pré-industrial. Esse é o 15° mês em 16 meses em que a temperatura média global superou 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. O dado considera a temperatura média do ar no planeta.
A temperatura média global entre novembro de 2023 e outubro de 2024 registrou 1,62°C acima da média pré-industrial. A anomalia da temperatura global - que trata-se de um indicador que mostra quanto a temperatura se desvia de uma determinada média histórica - apresentou 0,71°C acima da média de 1991-2020, o que garante quase uma certeza de que 2024 é o ano mais quente já registrado.
"Após 10 meses de 2024, é praticamente certo que este será o ano mais quente já registrado e o primeiro a ultrapassar 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, segundo os dados do ERA5. Esse marco nos registros de temperatura global deve servir como um incentivo para aumentar a ambição na próxima Conferência sobre Mudanças Climáticas, a COP29", avaliou Samantha Burgess, vice-diretora do C3S.
As elevações das temperaturas apresentam complicações para o ecossistema de lugares mais frios do planeta, como é o caso da diminuição da extensão de camada de gelo no Ártico e na Antártica.
A queima de combustíveis fósseis e liberação de gases poluentes como dióxido de carbono (CO2) é uma das principais causas da absorção e transferência de ondas de calor. O problema passou a ser mais agravante no período da Revolução Industrial no século XVIII, quando o índice de queimada de combustíveis fosseis tece um grande aumento.
Os dados da pesquisa ainda apontam que os 10 anos mais quentes da história foram registrados na última década.