8 de janeiro: comissão que investiga atentado deve terminar sem ouvir peças-chaves
Relatório final deve ser apresentado em 17 de outubro
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro deve encerrar os trabalhos sem ouvir personagens que são considerados importantes. A cúpula deveria ouvir nesta quinta-feira (5) o subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, do Batalhão de Policiamento de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal. No entanto, a reunião foi cancelada diante da expectativa de baixo quórum para a oitiva.
A decisão de cancelamento partiu do presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA). Além disso, há a expectativa de que nos próximos dias os gabinetes se concentrem na preparação do relatório final e dos votos em separado. O parecer elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) está previsto para ser apresentado em 17 de outubro e submetido à votação do colegiado no dia 18.
De acordo com informações do portal R7, a senadora pode incluir no relatório o indiciamento de pessoas ligadas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), mesmo que não tenham prestado depoimento à CPMI. É o caso, por exemplo, do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. O militar chegou a ter a oitiva agendada duas vezes, mas o depoimento não aconteceu.
A oposição também articula a apresentação de um relatório paralelo, elaborado pelo ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e agora deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ).