“A gente não quer nazista” afirma Lula sobre vitória da esquerda na França
Em visita ao Paraguai, presidente comentou o resultado das eleições legislativas na França e no Reino Unido
Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou está "muito feliz" por conta dos resultados positivos referentes as eleições legislativas no Reino Unido e na França, que terminaram com a vitória de forças progressistas.
O Partido Trabalhista, do Reino Unido, conquistou a maioria esmagadora de cadeiras no parlamento. Já na França, neste fim de semana, a aliança de esquerda Nova Frente Popular conseguiu o maior número de cadeiras na Assembleia Nacional.
“Eu estou muito feliz com a vitória do Labour Party [Partido Trabalhista] na Inglaterra. Há 14 anos eles estavam afastados do governo. E eles agora voltaram ao governo e voltaram com a maioria avassaladora”, ressaltou o presidente sobre o cenário na Europa nesta segunda-feira (8).
Em relação ao pleito na França, Lula destacou: “Quando parecia que tudo estava confuso, quando parecia que tudo estava dando errado, eis que o povo se manifesta e vem para rua e diz: ‘nós queremos que os setores democráticos continuem governando a França. A gente não quer extrema-direita, não quer fascista, não quer nazista. A gente quer democracia’. Foi isso que aconteceu na França, então eu estou muito feliz”, completou.
O presidente ainda manifestou expectativa de que o presidente Emmanuel Macron entre em um acordo “para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês”. Após as eleições legislativas, o país deve definir quem será o novo primeiro-ministro.
Eleições nos EUA 2024
Durante a reunião no Paraguai, Lula foi questionado por jornalistas sobre a situação do presidente Joe Biden, que sofre pressão para desistir da corrida à reeleição nos Estados Unidos.
“Somente o Biden tem o direito de tomar posição sobre ele. Somente o Biden se conhece perfeitamente bem. Somente ele sabe o que ele tem e o que não tem, se ele pode ou não pode. Portanto, ele quem vai tomar a decisão”, pontuou.
O presidente ainda brincou: “Se eu fosse eleitor americano eu votaria no Biden, mas eu sou brasileiro, ainda vou continuar votando em mim”.