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Abin sofre perda significativa de informações sobre atividades de grupos radicais no Brasil

Corte de pagamentos a informantes compromete monitoramento do Hamas e Hezbollah

Por Da Redação
Ás

Abin sofre perda significativa de informações sobre atividades de grupos radicais no Brasil

Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enfrentou uma crise de informações sobre atividades do Hamas e Hezbollah em solo brasileiro, ainda no governo de Jair Bolsonaro. Um "apagão" de fontes foi desencadeado por uma decisão da direção da agência, então liderada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem, resultando na interrupção dos pagamentos a mais de 80 informantes em áreas sensíveis, incluindo contra-espionagem e contraterrorismo. As informações são do Metrópoles.  

Esses informantes, cujas identidades são mantidas em absoluto sigilo, forneciam à Abin dados essenciais sobre estrangeiros residentes no Brasil com ligações estreitas às organizações libanesa Hezbollah e palestina Hamas, responsável pelo ataque a Israel que desencadeou os eventos na região do Oriente Médio.

A Abin monitora de perto atividades de dezenas de simpatizantes e estrangeiros ligados a essas organizações, especialmente na região de Foz do Iguaçu, mas também em outras cidades, identificando remessas regulares de fundos para beneficiários na Faixa de Gaza e Líbano. Havia suspeitas de que parte desses recursos era destinada ao financiamento das duas organizações.

Alguns dos informantes repentinamente desligados da Abin durante a gestão de Ramagem, figura de confiança de Bolsonaro, mantinham laços estreitos com esses grupos. Um deles chegou até mesmo a entrar com um processo contra a agência, anexando relatórios sigilosos enviados à organização.

Na época, o corte foi atribuído internamente a uma suposta mudança de prioridade nas operações da Abin, com a intenção teórica de concentrar recursos anteriormente utilizados no suporte aos informantes em ações voltadas para o monitoramento de facções brasileiras associadas ao tráfico de drogas. O financiamento dos informantes era proveniente da verba secreta milionária da Abin, totalizando aproximadamente R$ 2 milhões anuais para a agência.

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