Acusação de espionagem contra o ex-presidente da Argentina é arquivada pela Justiça
Processo foi aberto por familiares dos marinheiros mortos no afundamento do submarino ARA San Juan em 2017
Foto: Reprodução/NBR
O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, teve a acusação de espionagem contra os familiares de marinheiros mortos arquivado pela Justiça. 44 tripulantes morreram no afundamento do submarino ARA San Juan, em 2017.
A Câmara Federal de Buenos Aires afirmou que “existe suficiência probatória para afirmar que as atividades realizadas tinham como único objetivo a segurança presidencial e/ou a segurança interna e, por isso, estão justificadas”.
O ex-presidente e atual líder da oposição de centro-direita comemorou a decisão por meio de uma mensagem no Twitter.
“A verdade venceu. A verdade ainda pode vencer na Argentina. Que não percamos a fé, cada vez falta menos para que a Argentina mude para sempre”, escreveu.
Os familiares dos marinheiros abriram o processo em dezembro do ano passado contra Macri. O arquivamento beneficia também outros 11 acusados no caso, entre eles os chefes dos serviços de inteligência, Gustavo Arribas e Silvia Majdalani. A acusação irá recorrer da decisão.
“Esta resolução claramente não se ajusta à lei e à evidência e nos priva de chegar à verdade. Obviamente, vamos apelar e continuar lutando até as últimas consequências pela verdade e a justiça”, disse à AFP Luis Tagliapietra, advogado querelante e pai de um dos marinheiros mortos. “Eles mentiram para nós, nos espionaram, filmaram e fotografaram.”