Advogado de Daniel Silveira se recusa a fazer teste de Covid e Fux pede apuração do caso
Atitude do advogado atrasou o início do julgamento
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
O julgamento do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), teve atraso de mais de uma hora, nesta quarta-feira (20), após o advogado dele, Paulo César Faria, se recusar a fazer o teste para detecção da Covid-19. A medida é exigida para quem deseja ingressar nas dependências do Supremo Tribunal Federal (STF), mas não tomou as vacinas contra a Covid-19.
De acordo com Luiz Fux, presidente do Supremo, o defensor não apresentou comprovante de vacinação e se recusou a fazer o exame, ao chegar na corte. Após isso, foi oferecida a ele a possibilidade de participar do julgamento de maneira online, mas ele recusou.
O jurista só aceitou realizar o exame depois das 15h, que foi uma hora após o horário que estava marcado para o início da sessão. O caso foi comunicado à OAB para apuração.
"O advogado que representa o indiciado se recusou a apresentar um teste para comprovar o uso da vacina. Foi disponibilizado um link para participação de sua excelência. Às 15 horas, o advogado aceitou passar por teste de Covid. O resultado foi negativo, após isso, ocorreu atraso. Foi noticiada a Ordem dos Advogados do Brasil para que analise a conduta do advogado", afirmou Fux.
Mais cedo, os deputados Eduardo Bolsonaro e Daniel Silveira foram barrados quando tentaram entrar no STF para assistir a sessão. Os parlamentares foram informados que uma resolução do tribunal, publicada em de fevereiro deste ano em razão da pandemia, permite unicamente a participação apenas dos advogados de defesa, vendando a presença de público no local. Após ser barrado, Ferreira afirmou que iria assistir ao julgamento a partir da Câmara dos Deputados.