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Advogados são presos por matar casal de clientes e usar notas falsas para se apropriarem de bens das vítimas

Apartamento, carro e R$ 1,2 milhão eram oferecidos como recompensas a quem realizasse o crime

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Advogados são presos por matar casal de clientes e usar notas  falsas para se apropriarem de bens das vítimas

Foto: Polícia Militar e Reprodução

Dois advogados foram presos por suspeita de serem mandantes do assassinato de um casal de empresários que era cliente deles. De acordo com a polícia, os investigados falsificavam notas fiscais para transferir os bens das vítimas lara eles. O caso ocorreu na cidade de São Pedro, no interior de São Paulo.

Segundo a Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), eles se organizavam entre mandantes, executores e fornecedores da arma utilizada. Sete suspeitos já foram presos por envolvimento no duplo homicídio.

As vítimas José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61, tinham um  patrimônio milionário e o objetivo era ter acesso a ele, aponta a investigação. Apartamento, carro e R$ 1,2 milhão foram oferecidos como recompensas a quem realizasse o crime.

Transferência de bens a advogados

A relação entre o casal assassinado e os advogados investigados começou em 2013, quando as vítimas compraram 16 flats em São Carlos (SP), venderam e nunca entregaram. Os advogados começaram a defendê-los nesse processo.

Polícia Civil aponta que as vítimas e mandantes estiveram juntos, inicialmente, de um esquema de transferência de bens do casal para tentar blindar o patrimônio. Segundo as investigações, ao longo do tempo, as vítimas concederam aos advogados imóveis avaliados em R$ 12 milhões.

Falsificação de notas fiscais

As apurações já tinham revelado que os advogados falsificavam guias de Documentos de Arrecadação de Receitas Estaduais (Dares) no decorrer do esquema. Contudo, com andamento das investigações, foi identificada a falsificação de notas fiscais. Veja abaixo como funcionava: 

De acordo com a delegada, para transferir o patrimônio das vítimas para o nome deles, os advogados realizaram contratos da ação em pagamento.

Segundo Juliana Ricci, o intuito era tornar legal a prestação do serviço advocatício ao casal e, ainda, a transferência dos bens para os advogados.

A Deic investigou que pelo menos duas notas fiscais que foram criadas são falsas. "As notas fiscais são de R$ 510 e R$ 823. E as juntadas aos autos são de R$ 510 mil e R$ 823 mil. E a Prefeitura de São Carlos (SP) já informou que os valores não correspondem às notas fiscais emitidas", disse a delegada.

Não foi comunicado se as vítimas estavam à par desse esquema das notas fiscais.
 

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