Agressor é preso após chicotear homem negro com cinto em troca de R$ 10 em MG
Crime ocorreu em frente a um bar em Itaúna; homem é investigado por racismo e tortura
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um homem branco foi preso preventivamente, na quinta-feira (21), por chicotear um homem negro, em situação de vulnerabilidade, em troca de R$ 10. O caso ocorreu em Itaúna, na região Centro-Oeste de Minas Gerais.
José Maria Vilaça, de 44 anos, é investigado por racismo e tortura. O crime foi gravado e compartilhado por ele nas redes sociais. Na gravação é possível ver o suspeito desferindo golpes nas costas da vítima com um cinto.
“Quer usar droga, não quer trabalhar não? Vai querer os dez? Vem cá. E outra coisa, viu, meus seguidores da internet, isso aqui não é escravidão, não é pela cor dele não, porque para Deus todo mundo é preto, branco, cor-de-rosa. Isso é para você ver a safadeza, o que o vício gera”, disse José Maria Vilaça antes de retirar iniciar as agressões.
A vítima foi inicialmente identificada pela Polícia Militar como uma pessoa em situação de rua. No entanto, a Prefeitura de Itaúna informou que ela possui residência, mantém vínculo familiar e realiza acompanhamento para dependência química no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) desde 1995. Ainda conforme a prefeitura, o homem foi acolhido e recebeu o suporte necessário da equipe de profissionais.
Em entrevista à TV Globo, o agressor disse que o vídeo foi gravado há cerca de 15 dias com o consentimento do homem agredido. Afirmou ainda que ambos são usuários de drogas e que, naquele dia, os dois usaram entorpecentes.
"Eu tava numa resenha. Foi uma brincadeira. O problema foi o vídeo ter viralizado no dia de Zumbi de Palmares. Agora tá essa burocracia toda. Foi uma resenha. Eu vou provar que não passou de uma resenha. Peço desculpas a todos os brasileiros, paraminenses e itaunenses também".