Ainda buscando primeiro triunfo, Vitória não começa um Brasileirão com desempenho regular desde 2016
Com derrota para o Atlético-MG no último domingo (12), Rubro-Negro ampliou série negativa

Foto: Victor Ferreira/EC. Vitória
Duas derrotas e um empate certamente não era o que o torcedor do Vitória esperava para o começo do Brasileirão. Porém, iniciar a competição com o pé esquerdo não é nenhuma novidade na história recente do Leão.
Desde 2016, o time não consegue começar uma disputa da Série A com um desempenho positivo nas três primeiras rodadas. Naquela edição, o Vitória foi goleado na primeira rodada pelo Santa Cruz por 4 a 1, se recuperou na segunda rodada vencendo o Corinthians por 3 a 2 e teve uma sequência de resultados que envolveram empates contra América e Atlético MG nas rodadas seguintes
Neste ano, o desempenho é o pior dentre os anos levantados. Com o empate com o Atlético-MG por 2 a 2, neste domingo (13), na Arena MRV, em Minas Gerais, o time ampliou a pior série negativa da Era Carpini, que agora contém sete partidas sem saber o que é vencer, incluindo quatro derrotas e três empates.
O desempenho ruim também é refletido pela vulnerabilidade defensiva que o time apresenta. O Vitória já sofreu seis gols em três partidas, o que representa uma média de dois por partida. No jogo contra o Galo, no último domingo (13), o gol de empate ocorreu já nos acréscimos.
Reforços contratados não engrenam
A má fase do Vitória também é refletida principalmente dentro de campo. Dos 21 contratados para suprirem ausências, poucos tiveram atuações positivas ou caíram nas graças das torcidas.
Jamerson é um exemplo de jogador que, apesar de ser o titular da lateral-esquerda, não assumiu a posição com convicção e conseguiu fazer com que a torcida do Leão esquecesse Lucas Esteves, que foi vendido para o Grêmio no começo do ano por 1 milhão de dólares (R$ 5,7 milhões).
Carlinhos, outro jogador que veio para ser uma sombra para Janderson, ainda não conseguiu se firmar entre os titulares de Thiago Carpini e as atuações de Alerrandro, artilheiro do último Brasileirão, ainda parecem frescas nas mentes da torcida.
Outros nomes contratados no começo da temporada como Zé Marcos, Bruno Xavier, Hugo, Lucas Braga e Thiaguinho também não tiveram sequência e buscam espaço entre os titulares. Nomes como Wellington Rato e Lucas Braga, maiores investimentos da janela do Vitória, com R$ 5 milhões cada, ainda não emplacaram e se tornaram reservas do time de Thiago Carpini.
Por outro lado, o zagueiro Lucas Halter e o lateral-direito Claudinho são os destaques da equipe. O primeiro, inclusive, anotou o primeiro gol diante do Atlético, enquanto o segundo tem a preferência da torcida, mesmo que não tenha ganhado tanto minutagem nos últimos jogos.
Atuação contra o Galo é boa notícia
A forma com que o Vitória se portou diante de um adversário tecnicamente superior agradou os torcedores e também o auxiliar técnico Estephano Djian, que substituiu o treinador Thiago Carpini, que não esteve à frente da equipe, por causa de uma expulsão contra o Flamengo, na segunda rodada.
“Acho que a partida que nós fizemos foi muito boa dentro do que tinha proposto. A gente veio de uma viagem da Argentina, desgaste. O jogo hoje, claro, queríamos sair com a vitória, mas o ponto temos que dar muito valor, campeonato de 38 rodadas. Sair na frente duas vezes com o Atlético nos dá mais ânimo, e chamo a torcida do
Vitória para a gente vencer a primeira no campeonato e seguir pontuando para fazer uma boa campanha, assim como foi no ano passado”, afirmou.
Tentando somar os primeiros três pontos no Brasileiro, o Vitória receberá o Fortaleza, no Barradão, na próxima quarta-feira (16), pela 4ª rodada do Brasileirão.