Além de tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro já foi indiciado por joias sauditas e cartões de vacina; Relembre os casos
Para a Polícia Federal, o indiciamento significa que foram encontrados indícios suficientes de crime
Foto: Carolina Antunes/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi indiciado no inquérito sobre suposta tentativa de golpe de Estado realizado nesta quinta-feira (21), também foi indicado por outras duas investigações da Polícia Federal: o caso das joias sauditas e a fraude no cartão de vacinas.
Para a Polícia Federal, o indiciamento significa que foram encontrados indícios suficientes de crime. Neste caso, as investigações são enviadas à Procuradoria-Geral da República, que decide se arquiva ou se pede mais informações para de fato apresentar uma denúncia, uma acusação formal na Justiça. Assim tornando Bolsonaro e os demais indiciados réus pelas acusações.
Cartões de vacina e a Fraude
Em março deste ano, o ex-presidente foi investigado após apuração do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um esquema de falsificação de cartões de vacina. Além do político do PL, outras 16 pessoas foram indiciadas. Conforme os investigadores, o grupo incluiu informações falsas em um sistema do Ministério da Saúde, para beneficiar o ex-presidente, parentes e auxiliares dele.
O caso veio a público em maio de 2023, depois que a PF iniciou uma operação para cumprir 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão, contra investigados. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foi no âmbito deste inquérito que foi feito o acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
A joias sauditas
Já em julho, um novo caso foi colocado a prova sobre Bolsonaro, de acordo com o inquérito da Polícia Federal (PF) que apura o caso das joias sauditas. O sigilo do caso das joias foi retirado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente e outras 11 pessoas foram investigadas pela suspeita de apropriação indevida de joias milionárias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita, quando era presidente do Brasil.
As joias foram recebidas por Bolsonaro na época do mandato e não foram declaradas como patrimônio do Estado, o que é exigido por lei. Segundo as investigações, parte das joias foi negociada nos Estados Unidos. Após a revelação do caso, aliados de Bolsonaro tentaram recomprá-las e devolvê-las ao governo brasileiro.
Durante o ocorrido, os presentes recebidos por Bolsonaro durante o mandato incluem itens milionários como um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico. Também neste caso, em agosto, a PGR pediu novos laudos da PF para complementar as apurações.