Além do Chile, outros países já convocaram embaixada do Brasil por falas de Bolsonaro
Convocações, em ao menos cinco oportunidades, aconteceram de 2018 a junho deste ano
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O embaixador do Brasil no Chile, Paulo Roberto Soares Pacheco, foi convocado nesta segunda-feira (29) para falar sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro a respeito do chileno Gabriel Boric. Mas, em anos anteriores, outros países também convocaram, a embaixada para tratar de falas do presidente.
Em outubro de 2019 o Uruguai convocou o chefe da Embaixada do Brasil em Montevidéu, Antônio Simões, para ouvir explicações sobre o apoio declarado de Bolsonaro a Luis Lacalle Pou que é um candidato da oposição que acabou vencendo a eleição.
Em junho de 2022, o embaixador brasileiro na Bolívia, Octávio Cortês, foi convocado para dar explicações sobre a oferta de asilo à ex-presidente boliviana Jeanine Ánez, que estaria sendo estudada por Bolsonaro. Ela foi condenada a fez anos de prisão por participar do golpe contra Evo Morales em 2019.
Já em janeiro de 2020, o governo do Irã chamou os representantes brasileiros em Teerã para prestar esclarecimentos sobre declarações do ex-chanceler Ernesto Araújo, sobre o assassinato do general Qassem Soleimani, atingido por um míssil americano.
O Itamaraty também fez algumas convocações, como por exemplo em janeiro de 2021, o embaixador da União Europeia no Brasil foi chamado para prestar esclarecimentos sobre uma declaração do comissário de Economia da bloco, Paolo Gentiloni. Nas redes sociais, Gentiloni disse que as imagens de aglomeração em festas de fim de ano no Brasil eram "vergonhosas".
Em julho de 2018 a embaixadora da Nicarágua no Brasil, Lorena Del Carmen Martínez, foi chamada também para dar esclarecimentos sobre o assassinato da estudante Raynéia Gabrielle Lima. Ela era brasileira e morreu após levar um tiro no peito dentro do seu próprio carro.
