Política

Alessandro Vieira, ex-pré-candidato à presidência, deixa o Cidadania

O senador representava a sigla pelo estado de Sergipe

Por Da Redação
Ás

Alessandro Vieira, ex-pré-candidato à presidência, deixa o Cidadania

Foto: Reprodução / Agência Senado

Nesse sábado (12), o senador sergipano Alessandro Vieira, que chegou a ser pré-candidato à Presidência da República, anunciou a sua saída do partido Cidadania.

O motivo da desfiliação seria a permanência do ex-ministro e ex-deputado Roberto Freire como presidente da legenda. Por meio de nota, o político comunicou a decisão e o que diz ver como "distanciamento entre o sentimento popular e a conduta de figuras públicas". Contudo, ainda não sinalizou qual será a sua nova sigla.

"Os próximos passos serão definidos juntamente com nossos parceiros de construção política em Sergipe e em Brasília, com toda a transparência que caracteriza nosso trabalho", disse em nota. 

Essa é a segunda desfiliação do Cidadania em menos de uma semana. Na última segunda-feira (7), a senadora Leila Barros comunicou a sua saída após o partido aprovar formação de federação partidária com o PSDB.  

Confira a nota de Alessandro Vieira na íntegra: 

Um dos maiores problemas que enfrentamos no Brasil é o absoluto distanciamento entre o sentimento popular e a conduta das figuras públicas nacionais. A necessidade urgente de renovação política é apontada a cada pesquisa e eleição há anos, mas parlamentares e dirigentes partidários preferem ignorar esta realidade e investir na manutenção de seus feudos e privilégios, retardando ou mesmo impedindo a formação e consolidação de novas lideranças. 

A consequência primeira desta postura é o crescente descrédito da classe política, também confirmado em pesquisas, mas ainda mais grave é a lacuna de representação que se alarga a cada ano no Brasil, abrindo espaço para populistas irresponsáveis.

Ingressei no Cidadania em dezembro de 2018, em um contexto de renovação política e modernização partidária, que foi materializado no Estatuto, com vedação às reeleições infinitas e abertura para os novos movimentos sociais. A pretensão era justamente representar o anseio popular por um partido moderno e diverso.

Ao longo destes anos, tenho plena convicção de que representei este sentimento no Senado e também dentro do partido, tendo a coerência, o espírito público e a transparência como princípios norteadores do meu trabalho.

Estes mesmos princípios, diante do rompimento do compromisso de renovação, com alteração do Estatuto e manutenção de Roberto Freire como presidente, condição que ostentará por 34 anos, levam à conclusão de que é absolutamente inviável a minha permanência como filiado do Cidadania.

Tenho certeza de que estaremos juntos na caminhada em defesa da democracia e dos brasileiros, mesmo que em partidos políticos diferentes.

Os próximos passos serão definidos juntamente com nossos parceiros de construção política em Sergipe e em Brasília, com toda a transparência que caracteriza nosso trabalho.

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