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Política

Anderson Torres diz à PF que blitzes da PRF no 2° turno visavam coibir crimes eleitorais

Ex-ministro negou viés político e tentativa de interferência nas eleições

Por Da Redação
Ás

Anderson Torres diz à PF que blitzes da PRF no 2° turno visavam coibir crimes eleitorais

Foto: Alan Santos/PR

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres disse à Polícia Federal (PF), em depoimento nessa segunda-feira (8), que ordenou as ações nas estradas no período das eleições para combater possíveis crimes eleitorais, independente do candidato quee stivesse sendo beneficiado por eventuais delitos.

Torres é investigado por suspeita de ter determinado intervenções nas estradas, por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em operações que dificultaram o trânsito de ônibus intermunicipais e interestaduais no dia do segundo turno. A PF apura se houve emprego intencional de ações que prejudicaram eleitores de regiões em que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PF) teria maior vantagem.

O ex-ministro nega ter feito qualquer interferência no planejamento operacional da corporação durante as eleições. Ele também confirmou ter recebido uma planilha com os locais em que Lula e o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), foram mais bem votados, mas disse que não entregou o documento à PRF.

A suspeita da PF é de que a planilha tenha servido de base para a montagem das blitzes nas estradas, especialmente do Nordeste, região em que Lula teve ampla vantagem no primeiro turno.

No depoimento, que durou cerca de duas horas, Torres foi ainda questionado sobre a ida à Bahia nas vésperas do segundo turno, quando se encontrou com o então superintendente da PF no estado, o delegado Leandro Almada. O ex-ministro disse que foi ao estado a convite do então diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, apenas para visitar uma obra.

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