• Home/
  • Notícias/
  • Bahia/
  • André Sochaczewski considera arriscada recuperação de instalações marítimas: "´É uma atividade extremamente complexa no mar"
Bahia

André Sochaczewski considera arriscada recuperação de instalações marítimas: "´É uma atividade extremamente complexa no mar"

Seminário "Economia Sustentável do Mar na Amazônia Azul" aconteceu em Salvador nesta sexta-feira (18)

Por Da Redação
Ás

André Sochaczewski considera arriscada recuperação de instalações marítimas: "´É uma atividade extremamente complexa no mar"

Foto: Gilberto Júnior

O Seminário "Economia Sustentável do Mar na Amazônia Azul". promovido pelo Ministério Público Federal, reuniu representantes dos 17 estados da costa brasileira. O evento, que discute investimentos e a importância da economia do mar, realizado em dois dias foi encerrado nesta sexta-feira (18), no Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande, em Salvador. 

Um dos palestrantes, o Capitão de Mar e Guerra, André Sochaczewski, da Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais) da Marinha, responsável pelo Cluster Naval do Rio de Janeiro, ministrou sobre a “Lei de Reciclagem de Embarcações: A Indústria Naval na Economia Circular”. 

Sochaczewski trouxe a complexidade da desativação e recuperação de instalações marítimas, ressaltando que essa é uma atividade arriscada. “Basicamente, o arrasamento e abandono dos postos, retirada de instalação e recuperação diária, desativação do campo, é uma atividade extremamente complexa no mar, com muito risco envolvido. Daí o custo é elevado. Mas somente 10% retorna com a venda desses ativos que são retirados, ou seja, na verdade, isso só reduz um pouco o custo que já está incluído no processo dos donos desses ativos, na exploração principalmente na área petrolífera”, afirmou. 

No entanto, ele destacou que esses ativos, uma vez vendidos, podem ingressar em um mercado de reciclagem, potencialmente dobrando seu valor inicial e gerando oportunidades econômicas significativas.

“Mas o mais importante, depois disso, é que esse ativo que é vendido, ele entra num outro novo mercado, que é a da reciclagem, que pode, no final, alcançar duas vezes o valor total envolvido, que pode chegar a uma média de 1 bilhão por ano. Porque no caso do Brasil, por causa dessa insegurança, está indo lá para fora. A gente não tem esse mercado todo abarcado no Brasil, porque os próprios agentes que estão envolvidos não querem correr esse risco. Então é importante olhar isso com essa possibilidade de mercado e novas oportunidades que abrem nessa nossa Amazônia Azul.”

Outro ponto levantado por Sochaczewsk é a lacuna na atividade de desmantelamento de embarcações no Brasil. Enquanto países como Turquia, Índia, Bangladesh e Paquistão concentram a maior parte do desmantelamento de embarcações no mundo, o que pode representar uma oportunidade a ser explorada. 

“Esses quatro sozinhos são responsáveis por 85 % do desmantelamento de embarcações no mundo. Ou seja, a maior parte das embarcações aí, plataformas, que são desmanteladas, vão para esses quatro países. Mas, quando a gente olha aqui no entorno nosso, do Brasil, a gente não vê nenhuma atividade significativa para esse fim.”

A abertura do seminário, ocorrida na quinta-feira, marcou o lançamento do Projeto Economia do Mar na Amazônia Azul com a participação do Procurador-geral da República, Augusto Aras.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.