Apesar da proibição, uso do cigarro eletrônico avança entre jovens
O Ministério da Justiça classifica a situação atual como grave
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Dois em cada dez jovens de 16 a 17 anos já usaram cigarros eletrônicos, dispositivo proibido pela Anvisa desde 2009, afirmam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mito de que o material ajudaria a combater o vício coloca especialistas em alerta.
“Esses dispositivos eletrônicos de fumar vieram com essa áurea de modernidade e de minimizar riscos. O que se sabe é que não minimiza em hipótese alguma esses riscos, ele libera nicotina junto com outras substâncias tóxicas, e tem potencialmente todos os riscos que o cigarro convencional tem”, diz o presidente da Associação Média Brasileira, César Fernandes.
Na semana passada, o Ministério da Justiça determinou a suspensão da venda de cigarros eletrônicos para 32 empresas em todo o país. A pasta classifica a situação atual como grave, por conta do aumento significativo do uso dos produtos pelo público jovem.
Esses dispositivos são comercializados livremente por diferentes tipos de empreendimentos, como lojas, tabacarias e páginas na internet, apesar de serem ilegais.
Em entrevista à Jovem Pan News, o secretário nacional do consumidor, Rodrigo Roca, destacou que o problema do cigarro eletrônico deve ser tratado como caso de polícia: “De um lado nós temos a relação de consumo em estabelecimentos regularmente constituídos e que eventualmente estejam vendendo esses produtos que são proibidos desde 2009 pela Anvisa, que reforçou o seu entendimento sobre essa proibição em julho de 2022. Outra coisa é a questão policial, o contrabando, as pessoas que já fazem uso desse dispositivo e aqueles estabelecimentos que não estão regularmente constituídos. Aí não se trata de uma relação de consumo e sim de um caso de polícia”.