Apesar de recuo, setor de aço mantém previsões de crescimento no ano
Mesmo com queda de 2,5% em relação a 2021, é esperado recuperação de 2,2%
Foto: Reprodução/Focus
O Instituto Aço Brasil divulgou o desempenho do setor no primeiro trimestre deste ano. Conforme os dados, a produção de aço bruto foi de oito milhões e meio de toneladas, uma queda de 2,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
À Jovem Pan, o presidente executivo do instituto, Marco Polo de Melo Lopes, o recuo não abre margem para o pessimismo porque o setor matém previsões de crescimento de 2,2% para o ano.
“Se você olhar o que existe de concessões realizadas, contrato já fechados, o governo fala em R$ 800 bilhões, o que a gente tem, em termos de setor, gás e óleo, existe uma perspectiva de um crescimento gigantesco no que seria energia eólica, o governo fala em implantar 50 Itaipus no mar, existe uma infinidade de alternativas de crescimento que nós estamos aqui olhando para ver como é que isso vai caminhar. E qualquer que seja o crescimento, nós vamos estar preparados para atender”, diz Lopes.
No entanto, um dos pontos que mais preocupa o setor é a guerra na Ucrânia, devido à crise energética que impacta diretamente. Somente nos últimos meses, o carvão mineral registrou valorização de 300%.
Segundo o presidente do Conselho Diretor da entidade, Marcos Faraco, somente neste ano, o Aço Brasil investiu R$ 12 milhões em projetos.
“Você tem uma modernização das instalações atuais, nós não estamos falando em aumento de capacidade, mas sim em modernização de instalações atuais. Parte dos investimentos vai para isso. E você tem uma segunda parte dos investimentos ligados também à questão de modernização, mas estão ligados às questões de meio ambiente. Então, toda a parte de investimento para que a gente possa cumprir os objetivos com as questões do meio ambiente e seguir colocando a indústria do aço nacional como um benchmarking mundial, o Brasil hoje é benchmarking mundial, tem uma das indústrias mais competitivas. Então, como é que a gente continua nessa trajetória é o segundo vetor de investimento. E tem um terceiro vetor de investimento de adequação de capacidade para algumas linhas de produto, como tem sido anunciadas. Acho que a gente olhar o setor na parte de planos e na parte de aço galvanizado… a gente tem uma carência de investimentos, mas são investimentos pontuais”, comenta Faraco.