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Apoiadores de Bolsonaro buscam solução para impedir cassação de Eduardo Bolsonaro; partidos do Centrão preferem não intervir

Deputado, que atualmente está nos EUA, pode ter mandato cassado caso falte em mais de um terço das sessões ordinárias

Por Da Redação
Ás

Apoiadores de Bolsonaro buscam solução para impedir cassação de Eduardo Bolsonaro; partidos do Centrão preferem não intervir

Foto: Reprodução/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Parlamentares e aliados fiéis a Jair Bolsonaro buscam uma solução para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não perca o mandato, em decorrência do fim do período de afastamento, no próximo domingo (27), que o obrigaria à retornar ao Brasil caso não queira ter o mandato cassado. Congressistas do Centrão evitam auxiliar na articulação para que Eduardo permaneça nos Estados Unidos (EUA) sem ser penalizado.

A cassação do mandato ocorre, pois, caso o deputado opte por continuar em solo estadunidense após o fim do período de afastamento, corre o risco de que ele falte em mais de um terço das sessões do ano.

Eduardo afirmou, em entrevistas nos Estados Unidos, que teme ser preso por articular sanções contra o Supremo Tribunal Federal (STF), e revelou que não voltará ao Brasil, mas não pretende renunciar do mandato político.

Algumas estratégias são analisadas por integrantes do PL, para manter o mandato do deputado sem a necessidade dele retornar ao Brasil. Uma das soluções propostas é o projeto de mudança no regimento da Câmara para permitir que ele cumpra as atividades políticas remotamente.

Existem ao menos duas propostas nesse sentido. Uma delas, que faz referência às atividades remotas, é do deputado Evair de Mello (PP-ES), que cederia autorização para o deputado exercesse o mandato de outro país. A segunda proposta é do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), que concederia prorrogação de 120 dias na licença de Eduardo, o que daria mais tempo para o exercício do mandato. 

Também existe a possibilidade do filho de Jair Bolsonaro apresentar atestado médico para evitar que as faltas sejam contabilizadas.

Líderes do Centrão defendem que não existe uma garantia sobre mudança no regimento para auxiliar a situação de Eduardo, mas o assunto deve ser melhor debatido após a volta do recesso, em agosto.

Vale destacar que a cassação do mandato, realizada pela Mesa Diretora da Câmara, não costuma ser feita automaticamente, como no caso do ex-deputado Chiquinho Brazão, que atingiu as faltas no final de 2024 e só teve o mandato cassado em abril deste ano.

Ainda que Eduardo Bolsonaro tenha o mandato cassado, isso não o impede de se candidatar a presidente ou a senador nas eleições de 2026. No entanto, líderes e presidentes de partidos do Centrão apontam uma postura de enfrentamento de Eduardo contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Ambos são apontados como possíveis representantes da direita nas eleições de 2026. O filho de Jair Bolsonaro teceu críticas ao governador e chegou a classificá-lo como "servil" por tentar negociar com empresários uma solução para a crise formada pela decisão dos tarifaços do presidente estadunidense, Donald Trump.

Dirigentes partidários ligados ao PL e ao União Brasil relatam uma diferença entre interesses políticos de Tarcísio e Eduardo, ao afirmar que o primeiro age em defesa dos interesses de São Paulo, enquanto o segundo tem uma atuação política ligada à família dele.

Eduardo Bolsonaro fez uma publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (17), onde relatou ter tido uma longa conversa com o governador, onde entenderam que "atuam na melhor das intenções do interesse dos brasileiros”.
 

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