Apoiadores e críticos do governo se manisfestam na internet sobre o atual momento político do Brasil
Na tarde desta segunda-feira (8), as duas hashtags mais compartilhadas foram #impeachment e #cassacaodajoice
Foto: Reprodução
Apoiadores e críticos do governo continuam na internet as manifestações para impor seu lado no atual momento político do Brasil. Na tarde desta segunda-feira (8), as duas hashtags mais compartilhadas foram #impeachment e #cassacaodajoice. No primeiro caso, contrários ao governo e até novos opositores questionam, entre outros fatores, a mudança na divulgação das informações do Ministério da Saúde quanto às infecções pelo novo coronavírus no Brasil. No segundo caso, bolsonaristas querem acabar com o mandato da deputada federal Joice Hasselmann, ex-líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara Federal, que agora é contra o presidente da República.
Ex-membros do governo têm inflado as publicações contra Bolsonaro. Entre eles, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. "Imagine um avião em pleno voo na tempestade que, de repente, perde o piloto, depois o substituto do piloto e, por fim, inverte a lógica dos instrumentos de navegação. Não tem como dar certo. Transparência e rumo são fundamentais, especialmente em cenário de crise", escreveu no Twitter. Outro algoz é o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que disse em entrevista à GNews "a única coisa que o ministério da Saúde não poderia perder nessa epidemia seria a credibilidade".
O governo, por seu lado, soltou uma nota em que registra que "o Ministério da Saúde reforça que vem aprimorando os meios para a divulgação da situação nacional de enfrentamento à COVID-19. Busca-se a elaboração e a disponibilização de dados epidemiológicos e estatísticos fidedignos, com base em números reais e transparentes e atualização periódica. Uma nova plataforma interativa será lançada nesta semana".
Enquanto isso, os bolsonaristas apostam as fichas nas críticas a Joice, que teria aderido às fake news para atacar adversários. A deputada Bia Kicis, por exemplo, representou na Procuradoria-Geral da República contra a deputada sob o argumento de que "usava perfis fakes para difamar e caluniar seus opositores, com utilização de CPFs falsos". Kicis adiantou que representará contra colega no Conselho de Ética da Câmara. Enquanto isso, Carla Zambelli pediu adesão à hashtag contra Joice. Zambelli também lembrou que nesta quarta (10), o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar o pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para suspender o inquérito das fake news, que investiga a disseminação de notícias falsas e ameaças contra autoridades, incluindo ministros da Corte. Aliados do presidente têm se colocado frontalmente contra a continuidade das investigações sob argumento de que defendem a liberdade de expressão.