Após aumentar a própria remuneração em 46%, Covas diz que medida foi tomada para não deixar teto 'defasado'
Lei autorizou o aumento do salário de prefeitos de R$ 24 mil para R$ 35 mil
Foto: Reprodução/ GloboNews
O prefeito reeleito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), justificou sobre o aumento de 46% em seu próprio salário e argumentou que a medida foi tomada para não deixar o teto do funcionalismo público defasado e perder servidores. A declaração foi feita na noite de segunda-feira (28), em entrevista à GloboNews.
“Durante este período de 8 anos, a inflação foi de 60 a 100%, dependendo do valor que é considerado. O salário mínimo aumentou, neste período, 68%. O valor do salário dos professores na rede municipal aumentou 80%. Então, hoje o teto está defasado. É um teto de R$ 24 mil”, argumentou.
O último reajuste ocorreu em 2012 e o congelamento era o impedimento para a elite do funcionalismo público receber aumento, uma vez que o salário do prefeito é o teto dos servidores. A lei que autoriza o aumento salarial do Executivo municipal foi aprovada pela Câmara com 34 votos a favor, 17 contrários e uma abstenção. A lei foi assinada na véspera de Natal e aumenta o salário de R$ 24 mil para R$ 35 mil.
“E por que é ruim para a cidade de São Paulo ficar com teto defasado? Porque algumas carreiras que recebem pelo teto, como é o caso dos auditores fiscais, começam a se preparar para concursos para ir trabalhar no governo federal e outros governos municipais e ou estaduais. E nós vamos perdendo esses servidores que recebem pelo teto”, comentou.