Após dizer que não ficaria preocupado se a Uber deixasse o Brasil, ministro volta atrás: 'Chance zero'
Luiz Marinho frisou que a empresa de transporte por aplicativo explora a mão de obra e defendeu a regulamentação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou atrás nesta quinta-feira (9), após dizer que não ficaria preocupado se a Uber deixasse o Brasil caso o serviço de transporte por aplicativo fosse regulamentado para que os motoristas da plataforma tenham direitos trabalhistas garantidos.
“Chance zero. A Uber não sairá do Brasil de maneira alguma. Pela simples razão que o Brasil é número 1 das operações da Uber. Jamais a Uber vai pensar em sair do Brasil”, afirmou Marinho.
No início da semana, o ministro declarou que, caso a empresa parasse de operar no Brasil, o Governo federal desenvolveria outro aplicativo para substituir a plataforma. Segundo Marinho, os Correios ocupariam a lacuna deixada pela empresa e passaria a operar no lugar.
O ministro explicou em entrevista à Record TV que fez essa declaração devido à possibilidade de a regulamentação da Uber ser vista como um ponto negativo pela empresa. Apesar de se retratar pela fala sobre a plataforma deixar o país, Marinho reforçou a defesa de que é necessário regulamentar o serviço no país.
“Tem que ter proteção social. O trabalhador não pode trabalhar sem nenhuma proteção. [Se ele tiver] um acidente ou uma doença profissional, ele não tem nenhuma proteção a ele e à sua família. Então, tem que ter previdência. As empresas têm que recolher previdência a esses trabalhadores”, disse.