Após falta de oxigênio em janeiro, Amazonas tem queda de 80% em mortes por Covid
Em março, Estado contabilizou 670 mortes
Foto: Reprodução/Ministério da Saúde
O Amazonas registrou uma queda de 80% nas mortes por Covid-19 em março, na comparação com janeiro, quando o Estado sofreu com a falta de oxigêncio e precisou transferir pacientes para outras unidades federativas. Em março, foram 670 vítimas da doença, número menor ao registrado no primeiro mês deste ano, quando alcançou 3.556 mortes.
De acordo com os dados do boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) divulgado nessa quinta-feira (1º), o Amazonas está na fase laranja, com risco moderado de transmissão de Covid-19. O Estado também soma mais de 12 mil mortes pela doença desde o início da pandemia.
Entre os motivos para a diminuição está no fechamento do comércio não-essencial no Amazonas, que passou mais de um mês fechado. Outro fator que também pode explicar a queda é a vacinação, que começou com grupos prioritários.
Segundo o epidemiologista Jesen Orelha, ouvido pelo G1 Amazonas, é possível que o Estado esteja passando por uma reversão na queda da staxas de infecção e internação por Covid-19.
"O governador está coberto de razão quando ele diz que algumas atividades comerciais não podem parar, até por uma questão relacionada ao mercado de trabalho, ao emprego, a geração de renda. Mas é preciso lembrar que o governo, a prefeitura, e a sociedade, precisam fazer o papel deles, fiscalizando", ressaltou.
"Fiscalizando nossos amigos, dando conselho aos vizinhos, o governo intensificando as fiscalizações, no transporte intermunicipal, transporte interestadual, e aumentando a testagem em massa, uma ferramenta importantíssima para o adequado monitoramento da pandemia", completou Orellana.
Vacinação
Até a quarta-feira (31), o Amazonas já havia vacinado um total de 429.626 pessoas contra a Covid-19, ou seja, 10,2% da população. Dessas, mais de 130 já tomaram a segunda dose do imunizante.