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Saúde

Após rompimento da barragem, Brumadinho vem tendo altas taxas de suicídios

Ainda de acordo com OMS, a taxa é maior em países de alta renda

Por Da Redação
Ás

Após rompimento da barragem, Brumadinho vem tendo altas taxas de suicídios

Foto: Mauro Pimentel/AFP/JC

A lama da Barragem da Vale que rompeu em Brumadinho, ainda afeta moradores do município mineiro. Pouco mais de sete meses após a ruptura da represa de rejeitos de minério de ferro da empresa, que aconteceu em 25 de janeiro, números da Secretaria Municipal da Saúde retificam o aumento no número de suicídios e tentativas no município, principalmente entre as mulheres.

O quadro exemplifica a deterioração na saúde mental da população, que foi comprovada por alta expressiva nas prescrições de antidepressivos e ansiolíticos (medicamentos que controlam ansiedade e tensão).

No primeiro semestre de 2019, houve registro de 39 tentativas de suicídio na cidade (11 entre homens e 28 entre mulheres), ou seja, 9 a mais comparado ao mesmo período do ano passado, um alta de 23%. Quando o assunto é relacionado à suicídios, o número saiu de um, em 2018, para três este ano.

Dados da prefeitura mostram que a utilização de antidepressivos por pacientes da rede pública de saúde foi, em agosto de 2019, 60% maior que no mesmo período do ano passado. Relacionado aos ansiolíticos, o crescimento é ainda mais significativo, de 80%, no período.

Taxa de suicídio é maior em países de alta renda;segunda principal causa de morte entre jovens

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa global de suicídio padronizada pro idade para 2016 foi de 10,5 por cada 100 mil pessoas. As taxas apresentam variação, contudo, entre os países, de cinco mortes por suicídio por cada 100.000 a mais de 30 por cada 100.000. Enquanto 79% dos suicídios no mundo acontecem em países que possuem baixa e média renda, os países de alta renda apresentaram a maior taxa, 11,5 por cada 100.000. Ou seja, aproximadamente três vezes mais homens morrem por suicídio que mulheres em países de alta renda, contrastando com países de baixa renda, onde a taxa é mais igual.

O suicídio foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, ficando atrás somente dos acidentes de trânsito. Entre adolescentes de 15 a 19 anos, o suicídio foi a segunda principal causa de morte entre meninas (após condições maternas) e a terceira principal causa de morte entre meninos (após acidentes de trânsito e violência interpessoal).

Suicídio

Os métodos mais comuns de suicídio são enforcamento, envenenamento por pesticidas e armas de fogo. As principais intervenções que demonstraram sucesso na redução de suicídios demonstram que o acesso a estes meios estão sendo restringidos, além de orientação a mídia sobre a cobertura responsável de suicídios.

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