Argentina atinge inflação anual mais alta em 31 anos, aponta Indec
Em 12 meses, o índice, que representa a inflação oficial do país, teve variação de 102,5%
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Dados divulgados nessa terça-feira (14) pelo Indec (Instituto Nacional de Estadística y Censos), apontam que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Argentina registrou variação de 6,6% em relação ao mês anterior.
Em 12 meses, o índice, que representa a inflação oficial do país, teve variação de 102,5%, acima da taxa anual mais alta registrada até então, em outubro de 1991, quando anotou 102,4%.
Nos dois primeiros meses de 2023, o índice acumula uma variação de 13,1%. Já são 13 meses consecutivos em que a inflação anual do país registra alta. A variação em janeiro atingiu 6% em relação ao mês anterior, e a de 12 meses chegou a 98,8%.
A divisão de alimentos e bebidas não alcoólicas registrou a maior alta de fevereiro em todas as regiões, 9,8% em relação ao mês anterior. A alta é atribuída principalmente ao aumento dos preços das Carnes e derivados e de Leite, laticínio e ovos.
O segundo setor com a maior variação em fevereiro foi Comunicação (7,8%), causado pela alta dos serviços de telefone e internet, seguido por Restaurantes e hotéis (7,5%), puxado pelo aumento em Restaurantes e refeições fora de casa.
Outros destaques são: a divisão de Saúde (5,3%), o aumento de taxas pré-pagas; em Bebidas alcoólicas e tabaco (5,2%), a elevação nos preços dos cigarros; no grupo Transportes (4,9%), a alta nos combustíveis; e, em algumas regiões, em Habitação, água, eletricidade e outros combustíveis (4,8%), o maior custo de serviços de eletricidade e água.