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Arqueólogo decifra diagrama do calendário solar do templo de Stonehenge

O levantamento mostra como um povo pré-histórico contava os dias do ano em santuário no sul da Inglaterra

Por Da Redação
Ás

Arqueólogo decifra diagrama do calendário solar do templo de Stonehenge

Foto: Reprodução

Um estudo publicado nesta quarta-feira (2) revelou um modelo de calendário que mostra como um povo pré-histórico contava os dias do ano no templo de Stonehenge, no sul da Inglaterra. O levantamento, criado por Timothy Darvill, professor de arqueologia da Universidade de Bournemouth, foi divulgado pelo periódico científico "Antiquity". 

Num artigo de 17 páginas, o cientista mostra como as pedras que faziam parte do monumento eram usadas para marcar a passagem do tempo e especula a razão de elas estarem dispostas daquela forma. 

O calendário representado pelo desenho de Stonehenge apresenta um sistema onde 12 meses de 30 dias cada, englobavam três semanas de 10 dias, diz o pesquisador. Já que essa multiplicação resulta em 360 dias, era adicionado um mês "extra", com mais 5 dias, assim a conta do calendário anual fechava com os 365 dias.

Segundo Darvill, os números dessas divisões e subdivisões estão representados dentro do desenho original da arquitetura do templo há cerca de 4.500 anos. As colunas de pedra que se estão em forma de círculo no templo são 30, uma para cada dia do mês.

No interior do templo estão dispostos na forma de uma letra "U" cinco estruturas chamadas trílitos (duas colunas verticais de pedra com uma viga de pedra deitada em cima). Cada um deles representam os cinco dias do mês "excedente" do calendário. Como explicam alguns arqueólogos, cada um desses cinco dias especiais era associado a alguma forma de divindade.

No entanto, para que o calendário de Stonehenge pudesse fazer uma contagem correta do ano, eram necessário mais um ajustes. A duração precisa de um ano astronômico não é de 365 dias, e sim de 365 mais um quarto. Por este motivo, nosso calendário moderno inclui um dia a mais em fevereiro a cada quatro anos, quando temos o ano bissexto, de 366 dias.

Darvill explica que, diante desse problema, o povo de Stonehenge não adicionava um dia extra ao calendário oficial, mas contava o ano a partir do momento em que o pôr do sol estivesse alinhado com a entrada e a saída do círculo de pedras, fenômeno que sempre ocorria no solstício de inverno.

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