Economia

Arrecadação federal soma R$ 203,17 bilhões em setembro e bate recorde

Alta foi de 11,61% acima da inflação; atividade econômica está impulsionando a receita

Por Da Redação, Agência Brasil
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Arrecadação federal soma R$ 203,17 bilhões em setembro e bate recorde

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O governo federal arrecadou R$ 203,17 bilhões em setembro, valor recorde para o mês na série histórica, iniciada em 1995. Os dados foram divulgados na última terça-feira (22) pela Receita Federal. 

Os recursos administrados pela Receita englobam a coleta de impostos de competência da União, e registraram avanço real de 11,95% em setembro, a R$ 196,65 bilhões. No período de janeiro a setembro de 2024, o ganho foi de 9,67%, resultando em R$ 1,84 trilhão.

Em comparação com setembro de 2023, o resultado representa aumento real de 11,61%, ou seja, descontada a inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Este é o melhor desempenho arrecadatório para o acumulado de janeiro a setembro. No período, a arrecadação alcançou R$ 1,93 trilhão, representando um acréscimo, corrigido pelo IPCA, de 9,68%

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, as receitas federais somaram R$ 1,93 trilhão, 9,68% acima do registrado no mesmo intervalo de 2023. O desempenho também é recorde.

Houve também arrecadação extra no mês de setembro, em razão da situação de calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul, pela prorrogação dos prazos para o recolhimento de tributos em alguns municípios gaúchos. O estado foi atingido por enchentes nos meses de abril e maio, o pior desastre climático da sua história, com a destruição de estruturas e impacto a famílias e empresas.

Também foram destaque da arrecadação de setembro o PIS/Pasep e a Cofins, que apresentaram, no conjunto, uma arrecadação de R$ 45,68 bilhões no mês passado, representando crescimento real de 18,95%. No acumulado do ano, o PIS/Pasep e a Cofins arrecadaram R$ 395,29 bilhões. 

Já a Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 54,49 bilhões em setembro, com crescimento real de 6,29%. Esse resultado se deve à alta real de 7,28% da massa salarial, da postergação do pagamento para municípios gaúchos, além do crescimento de 12,62% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, em setembro de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior.

No acumulado do ano, a Receita Previdenciária teve aumento real de 5,72%, chegando a R$ 482,69 bilhões.

Indicadores macroeconômicos

A Receita Federal também apresentou os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho do mês, todos positivos.

Entre eles, estão o crescimento da venda de bens e serviços, respectivamente, em 3,05% e 1,75% em agosto (fator gerador da arrecadação de setembro) e alta de 3,95% e 2,26% entre dezembro de 2023 e agosto de 2024.

A produção industrial subiu 1,68% em agosto passado e 2,6% no período acumulado. O valor em dólar das importações, vinculado ao desempenho industrial, teve alta de 20,23% em agosto deste ano e de 7,97% entre dezembro de 2023 e agosto deste ano.

Também houve crescimento de 11,82% da massa salarial em agosto e de 11,79% no acumulado encerrado no mês.

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