As mortes violentas de pessoas LGBTI+ crescem no Brasil
Estudo registrou 316 mortes no Brasil neste ano
Foto: Agência Brasil
Em 2021, houve no Brasil, pelo menos 316 mortes violentas de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo (LGBTI+). Esse número representa um aumento de 33,3% em relação ao ano anterior, quando foram 237 mortes. Os dados constam do “Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+” – que reúne organizações da sociedade civil.
Apesar dos avanços em relação aos direitos desta população, tanto o número quanto a falta de dados oficiais evidenciam a importância do debate. Para marcar a luta contra a violência direcionada ao grupo, nesta terça-feira, 17 de maio, acontece o Dia Mundial e Nacional de combate à LGBTfobia.
Ainda neste mês, pela primeira vez, o governo brasileiro divulgará um levantamento oficial com números referentes à população LGBTQIA+.
No próximo dia 25, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve anunciar os indicadores referentes à orientação sexual autodeclarada. Os dados foram levantados no Módulo Atividade Sexual inserido na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019, em parceria com o Ministério da Saúde.
Diante da ausência de uma base nacional que mapeie crimes decorrentes da LGBTfobia, o dossiê do Observatório foi montado a partir de notícias de jornais, portais eletrônicos e redes sociais. De acordo com as organizações envolvidas na elaboração do documento, foram enquadrados como “morte violenta” casos de: homicídio, latrocínio, suicídio e outras causas, como complicações decorrentes de procedimentos estéticos e uso de entorpecentes, por exemplo.