Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal rebate Lira e defende atuação imparcial
O presidente da Câmara havia manifestado a necessidade de "cuidado" por parte do governo diante de supostos excessos em investigações da PF
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) reagiu às declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), destacando que a atuação da corporação é pautada pela legalidade e imparcialidade. Lira havia manifestado a necessidade de "cuidado" por parte do governo diante de supostos excessos em investigações da PF.
Em entrevista à Folha, Arthur Lira argumentou que a Polícia Federal não deve agir como promotor ou juiz, mas concentrar-se na investigação. Integrantes da PF afirmam que as investigações são baseadas em fatos e que a corporação deve continuar com o trabalho em curso. O presidente da Câmara também criticou a Operação Perfídia, que apura possíveis irregularidades em licitação do Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro. A ação envolve o ex-ministro Walter Braga Netto.
Para a ADPF, a autonomia funcional e investigativa dos delegados federais é uma prerrogativa fundamental para o sucesso de uma investigação, sendo parte essencial do sistema de justiça criminal do Brasil. A associação destaca que a decisão judicial que absolve investigados após a conclusão da investigação demonstra a eficácia do sistema de persecução penal.