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Atentado Porta dos Fundos: grupo integralista reivindicam ataque

Câmera de segurança mostra ação dos terroristas

Por Da Redação
Ás

Atentado Porta dos Fundos: grupo integralista reivindicam ataque

Foto: Reprodução

Um vídeo gravado por uma câmera de segurança identifica a placa da caminhonete onde estavam parte dos criminosos que atacaram o prédio da produtora Porta dos Fundos, no Humaitá, Rio de Janeiro, com dois coquetéis-molotov, no sábado por volta das 4h. Seriam três suspeitos e um deles estaria com o rosto descoberto, o que facilitaria a identificação. Um dos homens estava numa moto, e fugiu na contramão da Rua Capitão Salomão, onde fica a empresa. O material será entregue nesta quinta-feira à polícia.

Agentes da 10ª DP (Botafogo), que investigam o caso, também vão buscar outras imagens na região. Ao todo, há seis câmeras que apontam para a entrada do prédio. Ainda esta semana, testemunhas do ataque serão ouvidas, como o segurança do prédio que conseguiu apagar o fogo. Na madrugada em que aconteceu o crime, o local estava movimentado: havia uma comemoração de fim de ano de garçons e funcionários dos restaurantes da região num bar ao lado da produtora, que aconteceu até às 3h.

Integralistas
Três homens encapuzados que dizem ser do “Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Família Integralista Brasileira” gravaram um vídeo, que começou a circular nas redes sociais nesta quarta-feira (25), reivindicando a autoria do ataque.

Encapuzados e com as vozes distorcidas, os homens aparecem em frente a uma bandeira do integralismo – vertente brasileira do fascismo – e atrás de uma mesa coberta com a bandeira do Brasil império. Eles afirmam que cometeram o atentado para “justiçar os anseios de todo povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e antipatriótica que o grupo de militantes marxistas Porta dos Fundos tomou quando produziu o Especial de Natal a mando da megacorporação bilionária Netflix”.

Especial de Natal
O ataque à produtora do Porta dos Fundos aconteceu em meio à revolta gerada com o especial de Natal do grupo, lançado no início do mês e disponível na Netflix.

Bolsonaristas e fundamentalistas religiosos passaram a promover ataques virtuais a integrantes do grupo humorístico pelo fato de o especial de Natal por retratar, ironicamente, um Jesus Cristo homossexual.

A produção audiovisual chegou, inclusive, a ser alvo de petições e ações na Justiça.

Na última sexta-feira (20), uma juíza negou um pedido para que o especial de Natal fosse retirado do ar. “Seria inequivocamente censura”, disse a magistrada.

O humorista Fábio Porchat, um dos integrantes do grupo, disse, em sua conta no Twitter, que o episódio não vai intimidá-lo. “Não vão nos calar. Nunca! É preciso estar atento e forte”.

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